Wednesday, May 31, 2006

Entrevista de D. Duarte

Entrevista de D. Duarte de Bragança a Magazine, Abril de 2006
A posição do herdeiro dos reis de Portugal sobre a democracia, o 25 de Abril, Maçonaria, Sistema educativo, Salazar, Marcelo, Cabinda, Timor, o Quinto Império, a OTA e o TGV. Um prêt-à -porter politológico de rara sensatez. Imperdível

Entrevista de D. Duarte

Entrevista de D. Duarte de Bragança a Magazine, Abril de 2006
A posição do herdeiro dos reis de Portugal sobre a democracia, o 25 de Abril, Maçonaria, Sistema educativo, Salazar, Marcelo, Cabinda, Timor, o Quinto Império, a OTA e o TGV. Um prêt-à -porter politológico de rara sensatez. Imperdível

Montenegro, 21 de Maio de 2006

No passado 27 de Maio, em Roma da Igreja de Santo António dos Portugueses, rezou-se missa em acção de graças pela independência do Montenegro. Que engraçada mistura do séc. XXI e da continuidade histórica. Presentes, Duarte de Bragança, Nicolau II do Montenegro, e o presidente do Montenegro. Outro traço aproxima os dois países, ambos forma invadidos pelo marechal Marmont, durante as guerras napoleónicas. E ambos lhe resistiram.
A grande devolução continua, quebrando os estados nação republicanos do séc. XX em entidades menores. A 21 de Maio foi a vez do minúsculo Montenegro, com uma população de 630.000 habitantes, votar a secessão e tornar-se um micro-estado independente. Está quase terminado o Frankenstein geopolítico chamado Jugoslávia. O caldeirão das tensões étnicas, religiosas e tribais entre sérvios, croatas, eslovenos, bósnios, albaneses, montenegrinos, magiares, e macedónios. Só o punho de ferro Tito mantinha este Estado.
A independência de Montenegro foi decidida por referendo em 21 de Maio de 2006. 55.5% dos eleitores deram uma vitória tangencial por 2.300 votos. A UE e Sérvia respeitarão os resultados Votaram no Montenegro 2.000 emigrantes dos E. U.A. A Sérvia organizou viagens para Montenegrinos que vivem fora do país e que estavam contra a independência. É preciso 2/3 no Parlamento Montenegrino para rever a constituição. A bandeira nacional mudou para a de 1918, falando-se que o rei exilado, o príncipe Nicolau II Petrovi-Njego, pode retornar ao país como monarca constitucional.

Os Montenegrinos são uma nação de guerreiros ferozes, nunca conquistados totalmente pelos turcos. Virtualmente idênticos na cultura, na raça e na religião aos Sérvios, não aceitaram a Grande Sérvia criminosa de Milosevic, Ratko Mladic e Radovan Karadzic. O divórcio era inevitável.
Entrando para a EU, como os outros estados pequenos que emergiram da babugem da Jugoslávia, há-de prosperar na paz comercial da Europa. Como todos os povos de Balcãs, pode agradecer aos EUA ter liquidado o regime de Milosevic, impedir uma guerra generalizada e promover a democracia na região. Foi a América no seu melhor. Felizmente para os Balcãs, não há petróleo, e Clinton era presidente. Para a morte final da Jugoslávia só falta o Kosovo. Com 95% de albaneses étnicos numa população de dois milhões, a independência é inevitável lógico e provável. Falta resolver a situação de 75.000-100.000 sérvios do Kosovo. A Sérvia terá de ser compensada pela perda dolorosa de Montenegro e de Kosovo, pela ascensão às riquezas da UE e a remissão das penas por crimes de guerra.

Montenegro, 21 de Maio de 2006

No passado 27 de Maio, em Roma da Igreja de Santo António dos Portugueses, rezou-se missa em acção de graças pela independência do Montenegro. Que engraçada mistura do séc. XXI e da continuidade histórica. Presentes, Duarte de Bragança, Nicolau II do Montenegro, e o presidente do Montenegro. Outro traço aproxima os dois países, ambos forma invadidos pelo marechal Marmont, durante as guerras napoleónicas. E ambos lhe resistiram.
A grande devolução continua, quebrando os estados nação republicanos do séc. XX em entidades menores. A 21 de Maio foi a vez do minúsculo Montenegro, com uma população de 630.000 habitantes, votar a secessão e tornar-se um micro-estado independente. Está quase terminado o Frankenstein geopolítico chamado Jugoslávia. O caldeirão das tensões étnicas, religiosas e tribais entre sérvios, croatas, eslovenos, bósnios, albaneses, montenegrinos, magiares, e macedónios. Só o punho de ferro Tito mantinha este Estado.
A independência de Montenegro foi decidida por referendo em 21 de Maio de 2006. 55.5% dos eleitores deram uma vitória tangencial por 2.300 votos. A UE e Sérvia respeitarão os resultados Votaram no Montenegro 2.000 emigrantes dos E. U.A. A Sérvia organizou viagens para Montenegrinos que vivem fora do país e que estavam contra a independência. É preciso 2/3 no Parlamento Montenegrino para rever a constituição. A bandeira nacional mudou para a de 1918, falando-se que o rei exilado, o príncipe Nicolau II Petrovi-Njego, pode retornar ao país como monarca constitucional.

Os Montenegrinos são uma nação de guerreiros ferozes, nunca conquistados totalmente pelos turcos. Virtualmente idênticos na cultura, na raça e na religião aos Sérvios, não aceitaram a Grande Sérvia criminosa de Milosevic, Ratko Mladic e Radovan Karadzic. O divórcio era inevitável.
Entrando para a EU, como os outros estados pequenos que emergiram da babugem da Jugoslávia, há-de prosperar na paz comercial da Europa. Como todos os povos de Balcãs, pode agradecer aos EUA ter liquidado o regime de Milosevic, impedir uma guerra generalizada e promover a democracia na região. Foi a América no seu melhor. Felizmente para os Balcãs, não há petróleo, e Clinton era presidente. Para a morte final da Jugoslávia só falta o Kosovo. Com 95% de albaneses étnicos numa população de dois milhões, a independência é inevitável lógico e provável. Falta resolver a situação de 75.000-100.000 sérvios do Kosovo. A Sérvia terá de ser compensada pela perda dolorosa de Montenegro e de Kosovo, pela ascensão às riquezas da UE e a remissão das penas por crimes de guerra.

Tuesday, May 30, 2006

Depois das homosexualidades


O primeiro partido declaradamente pedófilo foi criado hoje na Holanda, o NVD (Amor ao próximo, Liberdade e Diversidade), o qual tem como objectivo permitir a pornografia infantil e as relações sexuais entre adultos e crianças.

"Educar as crianças significa também acostumá-las ao sexo. Proibir deixa as crianças mais curiosas", afirmou Ad van den Berg, 62, fundador do partido, em entrevista ao jornal holandês Algemeen Dagblad.

A verdade é como o azeite


A testemunha acusou procurador-geral, Jaafar al-Mussaui, de se ter deslocado a Dujail, na companhia de norte-americanos, em Julho de 2004, para prometer dinheiro e recompensas a quem depusesse contra o antigo ditador, frisando na altura a possibilidade de falsificar documentos para sustentar a acusação.

-x-

Mas a história deste "sobrevivente" ainda é melhor:



El presidente de los deportados espanoles en Mauthausen confiesa que nunca fue preso de los nazis

Tras más de 30 anos de mentiras, el deportado español más conocido, Enric Marco, presidente de la asociación Amical de Mauthausen, ha reconocido que nunca estuvo en un campo nazi y que se inventó toda su biografía.

Atrás quedan tres décadas de charlas, conferencias, homenajes e incluso un libro autobiográfico, "Memoria del Infierno", publicado en 1.978.

Ver aqui, aqui e aqui.

A Diana Andringa não diz nada?


"São uns bichos pequeninos que não nos largam, estão sempre a picar e agarrar-se às toalhas"

Já não basta os FP em Portugal


O Parlamento Europeu está a estudar uma proposta que passa pela aplicação de uma taxa sobre o correio electrónico e as mensagens de texto dos telemóveis (SMS).

Na prática, Alain Lamassoure quer que cada SMS passe a pagar um imposto de 1,5 cêntimos de euro e 0,00001 cêntimos de euros por cada correio electrónico enviado. "São minúcias", declarou o eurodeputado, "mas tendo em conta os biliões de transacções que se fazem por dia", em todo o Mundo, "isto poderá gerar imensos lucros".

O dinheiro desta potencial taxa serviria, posteriormente, para financiar os fundos comuns da União Europeia, funcionando como "impostos europeus".

Este tipo de medida é apoiada pela maioria dos governos, eurodeputados e pela Comissão Europeia, que têm vindo a estudar a melhor forma de avançar com os novos impostos.

Ver mais aqui.

ABAIXO OS TARTUFOS!...


Qualquer dia...

A VOLTA

Voltei voltei
Lá da terra do Buiça
Que grande desilusão
(o gajo) mais parece uma... linguiça

Monday, May 29, 2006

Hans e Sophie Scholl, por André Bandeira

Bendito seja o Povo alemão. Os Chineses chamaram-lhe o Da-ren, que quer dizer a “Gente digna”. No dia em que Benedito foi a Auschwitz, para além do Dever de dar uma imagem, lembrei-me que espero que ele vá, um dia, a outros lugares, como a Sibéria, como Kigali, como Nanquim ( onde um Nazi da Siemmens, de cruz suástica no braço, chamado Johan Raab, salvou entre 150 a 250.000 chineses das tropas japonesas) , ou Nagasaki, como João Paulo II foi à Costa do Marfim. Isto, se a saúde dele o permitir. Sei que há muita gente que não gosta dele por ser um Conservador. Enquanto ainda temos força para falar, não podemos usar certas “modernices” para tornear um certo código rigidamente natural. Mas isso é enquanto temos força para falar. Auschwitz é um lugar onde os Anjos ficaram mudos. Como nos outros lugares que citei. Bendito seja o Povo alemão, de Hans e Sophie Scholl ( ponho-os por esta ordem porque os pais os deram ao mundo pela mesma ordem), de Probst, de Hubner, de Schmorell, de Christl ( que nunca fôra cristão mas que pediu para ser baptizado antes de ser executado). E do Pastor Boenhoffer. Sophie sonhou, antes de ser presa, que levava um menino vestido de branco, para um baptizado, numa vereda da sua terra, e que depois caía mas conseguia, antes, entregar o menino a alguém. Também eles foram das Juventudes Hitlerianas, porque amavam a sua Pátria, os rios, os bosques, as montanhas, o povo digno e honrado que tinham percorrido. E, por ela, a sua Pátria, passaram a citar Goethe e Schiller, para derrubar Hitler. Não chegaram a unir-se a outra resistência, não tiveram nenhum contacto com o Estrangeiro, não chegaram a complicar as ideias, ficaram por um “socialismo racional”ou por um “cristianismo activo”, foram pelo federalismo, usaram apenas a palavra, em resistência passiva, não optaram pelas bombas, mas disseram tudo: que Hitler era satânico, que devia ser derrubado, que a Guerra devia acabar, que na Polónia tinham sido massacrados “300.000”judeus, numa altura em que as esquadrilhas aliadas não bombardeavam os combóios de reabastecimento dos campos de concentração. Reuniam-se para ler poesia e rezar, para lerem Aristóteles e tocar guitarra, para falarem de Expressionismo e de Arte. Depois foram morrer. Hans tentou atrair a culpa toda para si, Probst pediu pelos seus três filhos para ser poupado. Os Guardas, arriscando o emprego, puseram-nos juntos antes de morrerem e disseram-lhes que nunca tinham visto coragem assim. Hans, que só chorou quando lhe disseram um nome de mulher, que foi proibida de o ver, gritou nos corredores da cadeia antes de ser conduzido ao muro: “Es lebe die Freiheit!”. Sim, esta é a minha gente, a gente da Edelweiss, sou alemão como eles, tenho um bocadinho de Inveja de Bendito e que a minha Honra se chame Fidelidade.

Hans e Sophie Scholl, por André Bandeira

Bendito seja o Povo alemão. Os Chineses chamaram-lhe o Da-ren, que quer dizer a “Gente digna”. No dia em que Benedito foi a Auschwitz, para além do Dever de dar uma imagem, lembrei-me que espero que ele vá, um dia, a outros lugares, como a Sibéria, como Kigali, como Nanquim ( onde um Nazi da Siemmens, de cruz suástica no braço, chamado Johan Raab, salvou entre 150 a 250.000 chineses das tropas japonesas) , ou Nagasaki, como João Paulo II foi à Costa do Marfim. Isto, se a saúde dele o permitir. Sei que há muita gente que não gosta dele por ser um Conservador. Enquanto ainda temos força para falar, não podemos usar certas “modernices” para tornear um certo código rigidamente natural. Mas isso é enquanto temos força para falar. Auschwitz é um lugar onde os Anjos ficaram mudos. Como nos outros lugares que citei. Bendito seja o Povo alemão, de Hans e Sophie Scholl ( ponho-os por esta ordem porque os pais os deram ao mundo pela mesma ordem), de Probst, de Hubner, de Schmorell, de Christl ( que nunca fôra cristão mas que pediu para ser baptizado antes de ser executado). E do Pastor Boenhoffer. Sophie sonhou, antes de ser presa, que levava um menino vestido de branco, para um baptizado, numa vereda da sua terra, e que depois caía mas conseguia, antes, entregar o menino a alguém. Também eles foram das Juventudes Hitlerianas, porque amavam a sua Pátria, os rios, os bosques, as montanhas, o povo digno e honrado que tinham percorrido. E, por ela, a sua Pátria, passaram a citar Goethe e Schiller, para derrubar Hitler. Não chegaram a unir-se a outra resistência, não tiveram nenhum contacto com o Estrangeiro, não chegaram a complicar as ideias, ficaram por um “socialismo racional”ou por um “cristianismo activo”, foram pelo federalismo, usaram apenas a palavra, em resistência passiva, não optaram pelas bombas, mas disseram tudo: que Hitler era satânico, que devia ser derrubado, que a Guerra devia acabar, que na Polónia tinham sido massacrados “300.000”judeus, numa altura em que as esquadrilhas aliadas não bombardeavam os combóios de reabastecimento dos campos de concentração. Reuniam-se para ler poesia e rezar, para lerem Aristóteles e tocar guitarra, para falarem de Expressionismo e de Arte. Depois foram morrer. Hans tentou atrair a culpa toda para si, Probst pediu pelos seus três filhos para ser poupado. Os Guardas, arriscando o emprego, puseram-nos juntos antes de morrerem e disseram-lhes que nunca tinham visto coragem assim. Hans, que só chorou quando lhe disseram um nome de mulher, que foi proibida de o ver, gritou nos corredores da cadeia antes de ser conduzido ao muro: “Es lebe die Freiheit!”. Sim, esta é a minha gente, a gente da Edelweiss, sou alemão como eles, tenho um bocadinho de Inveja de Bendito e que a minha Honra se chame Fidelidade.

Saturday, May 27, 2006

Síntese Noticiosa, por André Bandeira

Estive a reler o Tratado da Paz Perpétua de Kant. E escrevi-lhe um bilhetinho que reza assim:" Meu bom Immanuel, Deus-connosco, obrigado por teres sido caturra, quando vivias de explicações e apostas de bilhar só para não receberes um taller do "déspota esclarecido" Frederico II . Talvez o Mundo não seja o Inferno se uma nossa intuição for falada e reconhecida, mesmo a baixa voz, por todos à volta da terra. Tenho medo que, então, o Mundo continue mau, como é, e que lhe acrescentemos outro mundo, de gente pequenina como tu, honrada, com lágrimas vertidas sózinhas e disfarçadas com dignidade, um mundo sem céu, mas com esperança dele, porque homens como tu, bom Immanuel, Deus-connosco, são pequenas candeias nesta ainda longa viagem pela escuridão". Não, não estou a defender, com isto, a Constituição europeia mas doutrinar o bem, embora um pouco cegamente, pregá-lo, teimar nele, mesmo sem uma esperança que seja de recompensa em Vida, é quase como uma fatalidade para quem tem Fé. Como Belmondo e Catherine Deneuve, na parte final dum filme: é doloroso mas é bom também. E, se tu, Kant, fôsses Santo? Sei que foste torturado por raivas horríveis, desesperos finais, mas também dizem que o foi a Madre Teresa. E tenho a impressão que a tua modéstia, pequenino cabeçudo, te fez segredar para um Anjo, que te velou antes de morreres: " Não deixes nunca que saibam se mereci a Santidade". Talvez se saiba no coração, de repente, quando, como eu, te persegui irritado, tantos anos, com perguntas...
Olha, Kant: vejo o meu Povo de Timor sempre a chorar. Os mesmos rostos, de olhos de amêndoa, aflitos, como em 1975, por outra razões. Caramba! Sempre a inclinção pelo petróleo há-de gerar um Dever Puro de que o ouro negro seja de todos e a todos dê um bocadinho de vida melhor! E sempre se há-de arranjar um forma de entendimento...que pena que me meteu ver aqueles polícias metralhados no chão. Tinham um ar de fome, e terror. Não é assim que se inventa um País. E depois, fui ver os homossexuais a levarem porrada em frente ao kremlin. Eu sei que eles não tinham tido autorização para se manifestarem mas coitados. Um povo com tantos problemas...àsvezes a fome, a perseguição, o desemprego, recrutas miltares violentas, fazem de pessoas normais uns farrapos humanos a quem ninguém dá afecto, por quem ninguém se importa e, como os bichos enjaulados, buscam o afecto como uma planta cresce na direcção da água. Lembram-se da "Côr Púrpura", de Steven Spielberg? A certa altura, a personagem de Whoopi Goldberg, de tão batida, de tão desgraçada, procurava afecto naquela mulher bem-vestida, chegada da cidade, num carro grande. E até me condoí do deputado alemão, que os foi apoiar com o seu ar de macho nórdico, impotente na sua masculinidade, sangrando como um garôto batido no pátio da escola. Não iam eles entregar umas flores ao soldado desconhecido? Quantos soldados desconhecidos, esconderam o seu terror, o seu desespero nos braços uns dos outros? Um deles chamava-se muito provavelmente Adolfo Hitler. Oh, Meu Deus. Amanhã o bom Benedito vai a Auschwitz. Não sei quando se ajoelhará lá para rezar, mas espero que um sino silencioso toque então onde estivermos, para que juntemos as mãos ao Grande mistério do Sofrimento. Não é, Gyatso, Chefe dos Lamas, demoramos um tempo enorme a construir uma morada espiritual e perdemo-la num segundo, quando perdemos a cabeça! Ah, pudéssemos desarmar-nos por dentro! Talvez o melhor seja sermos todos monges, mesmo sem saírmos de onde estamos. Talvez Kant fosse um tolinho, que continuou regularmente a pedir a mão da mesma mulher, apesar de esta já se ter casado, talvez os homossexuais sejam uma espécie de anormais, talvez o Papa seja um outro tolinho, por ter escolhido andar vestido de saia, com um cone na nuca. Há uma tradição árabe ( eu sei que o árabes não estão na moda) que faz respeitar todos os tolinhos...porque diz que viram o dêdo de Deus...

Síntese Noticiosa, por André Bandeira

Estive a reler o Tratado da Paz Perpétua de Kant. E escrevi-lhe um bilhetinho que reza assim:" Meu bom Immanuel, Deus-connosco, obrigado por teres sido caturra, quando vivias de explicações e apostas de bilhar só para não receberes um taller do "déspota esclarecido" Frederico II . Talvez o Mundo não seja o Inferno se uma nossa intuição for falada e reconhecida, mesmo a baixa voz, por todos à volta da terra. Tenho medo que, então, o Mundo continue mau, como é, e que lhe acrescentemos outro mundo, de gente pequenina como tu, honrada, com lágrimas vertidas sózinhas e disfarçadas com dignidade, um mundo sem céu, mas com esperança dele, porque homens como tu, bom Immanuel, Deus-connosco, são pequenas candeias nesta ainda longa viagem pela escuridão". Não, não estou a defender, com isto, a Constituição europeia mas doutrinar o bem, embora um pouco cegamente, pregá-lo, teimar nele, mesmo sem uma esperança que seja de recompensa em Vida, é quase como uma fatalidade para quem tem Fé. Como Belmondo e Catherine Deneuve, na parte final dum filme: é doloroso mas é bom também. E, se tu, Kant, fôsses Santo? Sei que foste torturado por raivas horríveis, desesperos finais, mas também dizem que o foi a Madre Teresa. E tenho a impressão que a tua modéstia, pequenino cabeçudo, te fez segredar para um Anjo, que te velou antes de morreres: " Não deixes nunca que saibam se mereci a Santidade". Talvez se saiba no coração, de repente, quando, como eu, te persegui irritado, tantos anos, com perguntas...
Olha, Kant: vejo o meu Povo de Timor sempre a chorar. Os mesmos rostos, de olhos de amêndoa, aflitos, como em 1975, por outra razões. Caramba! Sempre a inclinção pelo petróleo há-de gerar um Dever Puro de que o ouro negro seja de todos e a todos dê um bocadinho de vida melhor! E sempre se há-de arranjar um forma de entendimento...que pena que me meteu ver aqueles polícias metralhados no chão. Tinham um ar de fome, e terror. Não é assim que se inventa um País. E depois, fui ver os homossexuais a levarem porrada em frente ao kremlin. Eu sei que eles não tinham tido autorização para se manifestarem mas coitados. Um povo com tantos problemas...àsvezes a fome, a perseguição, o desemprego, recrutas miltares violentas, fazem de pessoas normais uns farrapos humanos a quem ninguém dá afecto, por quem ninguém se importa e, como os bichos enjaulados, buscam o afecto como uma planta cresce na direcção da água. Lembram-se da "Côr Púrpura", de Steven Spielberg? A certa altura, a personagem de Whoopi Goldberg, de tão batida, de tão desgraçada, procurava afecto naquela mulher bem-vestida, chegada da cidade, num carro grande. E até me condoí do deputado alemão, que os foi apoiar com o seu ar de macho nórdico, impotente na sua masculinidade, sangrando como um garôto batido no pátio da escola. Não iam eles entregar umas flores ao soldado desconhecido? Quantos soldados desconhecidos, esconderam o seu terror, o seu desespero nos braços uns dos outros? Um deles chamava-se muito provavelmente Adolfo Hitler. Oh, Meu Deus. Amanhã o bom Benedito vai a Auschwitz. Não sei quando se ajoelhará lá para rezar, mas espero que um sino silencioso toque então onde estivermos, para que juntemos as mãos ao Grande mistério do Sofrimento. Não é, Gyatso, Chefe dos Lamas, demoramos um tempo enorme a construir uma morada espiritual e perdemo-la num segundo, quando perdemos a cabeça! Ah, pudéssemos desarmar-nos por dentro! Talvez o melhor seja sermos todos monges, mesmo sem saírmos de onde estamos. Talvez Kant fosse um tolinho, que continuou regularmente a pedir a mão da mesma mulher, apesar de esta já se ter casado, talvez os homossexuais sejam uma espécie de anormais, talvez o Papa seja um outro tolinho, por ter escolhido andar vestido de saia, com um cone na nuca. Há uma tradição árabe ( eu sei que o árabes não estão na moda) que faz respeitar todos os tolinhos...porque diz que viram o dêdo de Deus...

Friday, May 26, 2006

Os polícias estão em luta e têm toda a razão!

Sexo, drogas e rock n'roll

POR UM MUNDO MELHOR


Para os organizadores. Coitados...
Fartam-se de perder dinheiro

Marcola, o gentil, por André Bandeira


Sim, foi do que eu mais gostei na semana. Do Marcola, com aquela cara de Mr. Spock e Belzebú a falar para a Televisão do Brasil, o chefe do PCC, Primeiro esCafageste da Capital, dizendo que, para a eleição que vem aí vai eleger deputado, seja por S.Paulo, ou pelo Rio de Janeiro ( que novidade!). Não pensem que se trata de um excesso ou de uma perversão da democracia: é a democracia mesmo, a chicotear-nos com a ditadura dos líderes de opinião e dos tribunos do que-está-a-dar! Depois, foi antes, o que mais gostei. Os alemães a dizerem que vão abrir mais casas de prostitutas para os clientes do Mundial, como se não bastassem as 400.000 prestadoras de serviços já registadas e os suecos atrás a fazerem campanha contra, eles que parece terem sido os pioneiros. Também ouvi que o Keith Richards dos Rolling Stones fez Cirurgia cerebral: o médico abriu-lhe a cabeça, fechou e disse “ não havia mesmo nada, viu?”. Entretanto, encontrei um e-mail no caixote do lixo, que dizia assim: “ Querido filho da mãe ( se é que sabes quem é o pai),
Escrevo-te esta missiva na certeza de que ainda tenhas um endereço, pois não tarda nada vais ser apagado da face da terra e só ficarão as môscas, que não zumbem tão bem como certos clérigos da minha terra mas que picam com fúria os búfalos da vossa, que estão menos armados na cabeça que metade dos vossos maridos.
Está claro que o vosso sistema, se alguma vez o foi, não funcionou. E olha que quem te avisa, teu amigo é, apesar de te querer cancelar da face da terra. A coca-cola não substituíu o vinho, como o vinho não substituíu uma bela carga de pau...de cabinda, haxixe, narguilé e algum xolé e outras delícias que dizemos ter no nosso Oriente ( embora eu não saiba bem onde é que isso do Oriente fica porque a última vez que um antigo colega da Universidade me viu, disse-me que ia para Oriente meditar e nunca mais lhe pus a vista em cima. Ouvi até dizer que andou tanto que foi mas é ter a Ocidente que o viram em Bruxelas a queimar uma fotografia minha, na praça pública...) . Os automóveis que construistes, não levam ao céu, está visto, por mais que os enchamos de gasóleo, embora levem ao outro mundo, como nas nossas escolas de condução em Bagdad. A liberdade de expressão é uma grande trêta que não chega aos calcanhares duma multidão a chicotear-se até ao sangue durante dois dias seguidos. A Democracia liberal ou é Democracia ( e nós não estamos sempre a perguntar o que quer a maioria. Perguntámos uma vez no século IX e tomámos uma decisão) ou é liberal. E, se é liberal, nunca gerou o luxo asiático dos nossos Topkapis, dos Serralhos e do Taj-Mahal. Quanto à liberdade de culto, que fique claro que não é liberdade do inculto. Culto é aquele que cultiva e não é um visionário qualquer que diz que falou com um anjo no deserto, que pode agora inventar uma nova religião. Se quiser inventar, então tem de se haver connosco, mas nós, é claro, que temos Deus do nosso lado e amamos mais a morte que vocês a vida, visto que vocês por mais que vivam não encontram uma virgem que seja, enquanto nós temos várias dezenas encomendadas, mas só mortos é que lhes podemos pedir o número de telemóvel ( às vezes pela ordem inversa).
É certo que Saddam Hussein era um tirano sanguinário e ainda bem que foi abaixo. Agora, acabem lá com ele, deixem-se de julgamentos e ponham lá o Moqtada al-Sadr que não tem nada de tirano nem de sanguinário...Assim resolveremos os problemas e talvez não venhas a ser cancelado do mapa e a gente só fica em troca, com Jerusalém e Tel-Aviv para cultivar umas couves, uns alfaces e umas cabeças de judeus.
Ah, é verdade! O Jerry do “Tom and Jerry” não é judeu, como disse para aqui, uma besta. Quem é judeu é o Perna-Longa como se vê, obviamente, com aquela mania de trincar a cenoura, que se vê claramente estar a fazer propaganda à circuncisão. Nós também somos pela circuncisão. Mas somos muito mais práticos: juntamos os miúdos todos e mandamo-los marchar para cima dum campo de minas.

Teu amigo, estendendo a mão à cooperação e esperando que vás pregar a a democracia liberal lá para a tua terra que se calhar já riscámos do mapa quando lá chegares (talvez o melhor seja ficares pelo Madagáscar, que lá os mosquitos não são circuncisados).

Ass. M. Amaneirado “

E, com isto tudo, eu seria louco se não visse, que a liberdade me reduziu a escolher entre setenta vezes sete programas de Televisão. E quando tento libertar-me desta liberdade, é claro que até o cão do Pavlov se ri ao ver-me aos saltos com setecentos vezes sete reflexos condicionados. Meus senhores: está a cair o Muro de Berlim, desta vez para o nosso lado, um muro feito de telas de Televisão, cada uma a falar sózinha. Já não há droga tão forte como aquela das más notícias que nos fazem aconchegar o rabo e dizer “não foi comigo que aconteceu, foi lá para as Arábias.”. Por isso, não se aliviem por o povo votar contra qualquer coisa. A seguir não terá outra liberdade se não fazer o contrário: votar por ela. Os alívios de hoje, são apenas os tormentos de amanhã. E, no fundo, a máquina fotográfica e o teclado do computador não são assim tão maus, porque no meio desta loucura, alguém vai escrevendo uma narrativa para que a ópera bufa tenha um fim: não é que um dia destes, um coreano, para protestar contra qualquer coisa, se deixou envolver num enxame de abelhas? É isso, mesmo, compreenderam? Estamos a ser atacados por um ninho de vêspas, com a abelha Marcola ao comando! E o coreano, que não é burro, tinha os olhos bem fechados. Olhos fechados para sair-se bem!

Marcola, o gentil, por André Bandeira


Sim, foi do que eu mais gostei na semana. Do Marcola, com aquela cara de Mr. Spock e Belzebú a falar para a Televisão do Brasil, o chefe do PCC, Primeiro esCafageste da Capital, dizendo que, para a eleição que vem aí vai eleger deputado, seja por S.Paulo, ou pelo Rio de Janeiro ( que novidade!). Não pensem que se trata de um excesso ou de uma perversão da democracia: é a democracia mesmo, a chicotear-nos com a ditadura dos líderes de opinião e dos tribunos do que-está-a-dar! Depois, foi antes, o que mais gostei. Os alemães a dizerem que vão abrir mais casas de prostitutas para os clientes do Mundial, como se não bastassem as 400.000 prestadoras de serviços já registadas e os suecos atrás a fazerem campanha contra, eles que parece terem sido os pioneiros. Também ouvi que o Keith Richards dos Rolling Stones fez Cirurgia cerebral: o médico abriu-lhe a cabeça, fechou e disse “ não havia mesmo nada, viu?”. Entretanto, encontrei um e-mail no caixote do lixo, que dizia assim: “ Querido filho da mãe ( se é que sabes quem é o pai),
Escrevo-te esta missiva na certeza de que ainda tenhas um endereço, pois não tarda nada vais ser apagado da face da terra e só ficarão as môscas, que não zumbem tão bem como certos clérigos da minha terra mas que picam com fúria os búfalos da vossa, que estão menos armados na cabeça que metade dos vossos maridos.
Está claro que o vosso sistema, se alguma vez o foi, não funcionou. E olha que quem te avisa, teu amigo é, apesar de te querer cancelar da face da terra. A coca-cola não substituíu o vinho, como o vinho não substituíu uma bela carga de pau...de cabinda, haxixe, narguilé e algum xolé e outras delícias que dizemos ter no nosso Oriente ( embora eu não saiba bem onde é que isso do Oriente fica porque a última vez que um antigo colega da Universidade me viu, disse-me que ia para Oriente meditar e nunca mais lhe pus a vista em cima. Ouvi até dizer que andou tanto que foi mas é ter a Ocidente que o viram em Bruxelas a queimar uma fotografia minha, na praça pública...) . Os automóveis que construistes, não levam ao céu, está visto, por mais que os enchamos de gasóleo, embora levem ao outro mundo, como nas nossas escolas de condução em Bagdad. A liberdade de expressão é uma grande trêta que não chega aos calcanhares duma multidão a chicotear-se até ao sangue durante dois dias seguidos. A Democracia liberal ou é Democracia ( e nós não estamos sempre a perguntar o que quer a maioria. Perguntámos uma vez no século IX e tomámos uma decisão) ou é liberal. E, se é liberal, nunca gerou o luxo asiático dos nossos Topkapis, dos Serralhos e do Taj-Mahal. Quanto à liberdade de culto, que fique claro que não é liberdade do inculto. Culto é aquele que cultiva e não é um visionário qualquer que diz que falou com um anjo no deserto, que pode agora inventar uma nova religião. Se quiser inventar, então tem de se haver connosco, mas nós, é claro, que temos Deus do nosso lado e amamos mais a morte que vocês a vida, visto que vocês por mais que vivam não encontram uma virgem que seja, enquanto nós temos várias dezenas encomendadas, mas só mortos é que lhes podemos pedir o número de telemóvel ( às vezes pela ordem inversa).
É certo que Saddam Hussein era um tirano sanguinário e ainda bem que foi abaixo. Agora, acabem lá com ele, deixem-se de julgamentos e ponham lá o Moqtada al-Sadr que não tem nada de tirano nem de sanguinário...Assim resolveremos os problemas e talvez não venhas a ser cancelado do mapa e a gente só fica em troca, com Jerusalém e Tel-Aviv para cultivar umas couves, uns alfaces e umas cabeças de judeus.
Ah, é verdade! O Jerry do “Tom and Jerry” não é judeu, como disse para aqui, uma besta. Quem é judeu é o Perna-Longa como se vê, obviamente, com aquela mania de trincar a cenoura, que se vê claramente estar a fazer propaganda à circuncisão. Nós também somos pela circuncisão. Mas somos muito mais práticos: juntamos os miúdos todos e mandamo-los marchar para cima dum campo de minas.

Teu amigo, estendendo a mão à cooperação e esperando que vás pregar a a democracia liberal lá para a tua terra que se calhar já riscámos do mapa quando lá chegares (talvez o melhor seja ficares pelo Madagáscar, que lá os mosquitos não são circuncisados).

Ass. M. Amaneirado “

E, com isto tudo, eu seria louco se não visse, que a liberdade me reduziu a escolher entre setenta vezes sete programas de Televisão. E quando tento libertar-me desta liberdade, é claro que até o cão do Pavlov se ri ao ver-me aos saltos com setecentos vezes sete reflexos condicionados. Meus senhores: está a cair o Muro de Berlim, desta vez para o nosso lado, um muro feito de telas de Televisão, cada uma a falar sózinha. Já não há droga tão forte como aquela das más notícias que nos fazem aconchegar o rabo e dizer “não foi comigo que aconteceu, foi lá para as Arábias.”. Por isso, não se aliviem por o povo votar contra qualquer coisa. A seguir não terá outra liberdade se não fazer o contrário: votar por ela. Os alívios de hoje, são apenas os tormentos de amanhã. E, no fundo, a máquina fotográfica e o teclado do computador não são assim tão maus, porque no meio desta loucura, alguém vai escrevendo uma narrativa para que a ópera bufa tenha um fim: não é que um dia destes, um coreano, para protestar contra qualquer coisa, se deixou envolver num enxame de abelhas? É isso, mesmo, compreenderam? Estamos a ser atacados por um ninho de vêspas, com a abelha Marcola ao comando! E o coreano, que não é burro, tinha os olhos bem fechados. Olhos fechados para sair-se bem!

Thursday, May 25, 2006

A revolução de Maio do DN

...

Ora, o mais interessante acerca do 28 de Maio foi a adesão quase consensual que ele suscitou então, da esquerda à direita. Para entendermos isto, temos de perceber duas coisas. Primeiro, que ele não deu origem imediatamente ao Estado Novo, mas a um regime que ficou conhecido como Ditadura Militar. Acontece que a ideia de uma ditadura que pusesse termo ao domínio quase ininterrupto do Partido Republicano Português desde 1910 era das mais partilhadas na época. Temos de entender, depois, que a I República nunca foi uma democracia (apesar de lhe preservar a forma), mas correspondeu sobretudo ao exercício do poder por uma classe política que declarou guerra à sociedade tradicional portuguesa e governou com uma mistura explosiva de violência de Estado convencional e violência de rua às mãos de gangs políticos a quem a rédea era deixada solta.
...

Nem a Ditadura nem o Estado Novo interromperam a democracia em Portugal. Apenas substituíram um regime terrorista e que nunca conseguiu encontrar um ponto de equilíbrio por um autoritarismo formalizado, o qual nem sequer impediu grande número de adesões, da esquerda à direita. É por isso que o regime de 1976 herdou dele mais do que julga. Afinal, o 25 de Abril foi feito por soldados com brilhantes carreiras militares e políticas no Estado Novo. José Saramago disse há uns anos que estávamos hoje na mesma situação em que estávamos antes do 25 de Abril. Em certa medida, teve razão. Para quem, em 1974-75, quis instaurar o comunismo, o que existe não pode deixar de ser mais ou menos o mesmo (o "fascismo societal", do prof. Boaventura Sousa Santos). Mas quem atribui valor aos mecanismos formais demo-liberais, percebe como isto que existe é bem melhor, mesmo se não tenha feito completa tábua rasa do que existia e nele tenha em parte a sua origem.

Cavaco dá início a Roteiros

E os portugueses é que pagam

*
*
A palhaçada aqui

Corrida contra o racismo

Vamos correr com os racistas que se aproveitam do trabalho barato dos imigrantes em desfavor dos trabalhadores portugueses!

UH UH UH UH UH

O chefinho do Buiça

Wednesday, May 24, 2006

A GERAÇÃO + QUE RASCA



Nota: Quase um quinto dos inquiridos (18,4%) admite que não lê livros e 29,6% utilizam automóvel próprio nas deslocações diárias, revela o inquérito...

Derrocadas


e...

Portugal desde 1974

Ensaio sobre a Cegueira

Sinais de mudança

Menos de 18 meses depois de ter declarado o seu compromisso em“liquidar a tirania no nosso mundo," afinal os “ditadores” e "chefes autoritários" recebem guarida do presidente Bush. Da África norte à Ásia central, a retórica pró-democracia mantém-se mas no terreno outros valores se erguem.
Durante o mês de Abril e Maio, a Casa Branca recebeu o presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev e presidente do Egipto Hosni Mubarak e seu herdeiro e filho Gamal; o vice-presidente Dick Cheney elogiou o presidente Nursultan Nazarbayev, do Kazaquistão durante uma visita a Almaty; e finalmente na última semana, o líder Moammar Khadafi foi certificado. As relações amigáveis com os autocratas resultam de problemas americanos no mercado do petróleo; das vitórias eleitorais de partidos Islamistas no Egipto, Iraque e territórios palestinianos; das manobras geo-estratégicas contra o Irão, a Rússia, e a China. A "agenda da liberdade e democracia" parece ter sido trocada por um "novo realismo" semelhante ao de sucessivas administrações dos EUA durante a Guerra Fria. Num cenário familiar, Washington está a dirigir a "mudança regime" contra os governos democráticos de esquerda que desfrutam de maioria eleitoral e apoio popular, Irão e ANPalestina. “As eleições fazem parte do processo democrático, mas não são um substituto dele," como escreveu o ministro israelita Natan Sharansky, um dos inspiradores do discurso de Bush em 2005 e autor do livro “O poder da liberdade superar a tirania e o terror”. O general Loureiro dos Santos no seu novo livro corrobora esta inflexão da política externa americana

Sinais de mudança

Menos de 18 meses depois de ter declarado o seu compromisso em“liquidar a tirania no nosso mundo," afinal os “ditadores” e "chefes autoritários" recebem guarida do presidente Bush. Da África norte à Ásia central, a retórica pró-democracia mantém-se mas no terreno outros valores se erguem.
Durante o mês de Abril e Maio, a Casa Branca recebeu o presidente do Azerbaijão Ilham Aliyev e presidente do Egipto Hosni Mubarak e seu herdeiro e filho Gamal; o vice-presidente Dick Cheney elogiou o presidente Nursultan Nazarbayev, do Kazaquistão durante uma visita a Almaty; e finalmente na última semana, o líder Moammar Khadafi foi certificado. As relações amigáveis com os autocratas resultam de problemas americanos no mercado do petróleo; das vitórias eleitorais de partidos Islamistas no Egipto, Iraque e territórios palestinianos; das manobras geo-estratégicas contra o Irão, a Rússia, e a China. A "agenda da liberdade e democracia" parece ter sido trocada por um "novo realismo" semelhante ao de sucessivas administrações dos EUA durante a Guerra Fria. Num cenário familiar, Washington está a dirigir a "mudança regime" contra os governos democráticos de esquerda que desfrutam de maioria eleitoral e apoio popular, Irão e ANPalestina. “As eleições fazem parte do processo democrático, mas não são um substituto dele," como escreveu o ministro israelita Natan Sharansky, um dos inspiradores do discurso de Bush em 2005 e autor do livro “O poder da liberdade superar a tirania e o terror”. O general Loureiro dos Santos no seu novo livro corrobora esta inflexão da política externa americana

Tuesday, May 23, 2006

THE SNOW FELL



Prussian Blue - Live

Negócios Estrangeiros


"O cônsul honorário da Nigéria, Adérito de Almeida Pinto, foi detido por narcotráfico no Recife, Brasil. Contra o português pende um mandado para cumprir seis anos e meio de prisão."

Saturday, May 20, 2006

GRANDES NEGÓCIOS


O "patriotismo" patrocinado por um banco e organizado por quem tem como pátria o dinheiro.

Contra a ocupação de Olivença, pelo GAO

Excelentíssimo Senhor
Embaixador do Reino de Espanha

No dia 20 de Maio de 1801, há exactamente 205 anos, os exércitos de
Espanha, conluiada com a França napoleónica, invadiram Portugal e ocuparam
a vila portuguesa de Olivença.
Manifesta ofensa ao Direito das Gentes, assim foi entendido pelas Potências
de então que, no Congresso de Viena de 1815, onde Espanha também teve
assento, reconheceram absolutamente a justiça das reclamações de Portugal
sobre Olivença.
Por isso ficou consignado no Tratado de Viena, seu Art.º 105.º.
«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S.
A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d'Olivenza et
les autres territoires cédés à Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et
envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à
assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie
complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l'Europe
a été le but constant de leurs arrangements, s'engagent formellement à
employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces,
afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soi
effectuée; et les puissances reconnaissent, autant qu'il dépend de chacune
d'elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt».
Como melhor saberá Vossa Excelência, em 7 de Maio de 1817, há 189 anos,
Espanha assinou o Tratado de Viena e reconheceu sem reservas os direitos de
Portugal.
Decorridos dois séculos sobre a desonrosa ocupação de Olivença, o Estado
que Vossa Excelência representa jamais respeitou o compromisso assumido
perante a Comunidade Internacional. Do carácter honrado, altivo e nobre que
Espanha diz ser o seu, não houve manifestação e, ao contrário, actuando com
ostensivo desprezo pelo Direito e pela palavra dada, Espanha cobriu-se com
o labéu da vilania.
Eis, singela, a «Questão de Olivença»: uma parcela de Portugal foi usurpada
militarmente pelo Estado espanhol, há 205 anos, extorsão não reconhecida e
ilegítima face ao Direito Internacional.
Não obedecendo ao Direito nem respeitando os seus compromissos, é Espanha,
de que Vossa Excelência é Embaixador, que se desonra.
Quanto à ofensa que a ocupação de Olivença constitui para Portugal, compete
aos Portugueses apreciá-la e julgá-la.
Da ofensa feita à Justiça e ao Direito, bem como da desonra trazida pela
quebra da palavra dada, pertence a Espanha e a Vossa Excelência conhecer do
seu significado.

Atentamente,
A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença
Lisboa, 20 de Maio de 2006.

Contra a ocupação de Olivença, pelo GAO

Excelentíssimo Senhor
Embaixador do Reino de Espanha

No dia 20 de Maio de 1801, há exactamente 205 anos, os exércitos de
Espanha, conluiada com a França napoleónica, invadiram Portugal e ocuparam
a vila portuguesa de Olivença.
Manifesta ofensa ao Direito das Gentes, assim foi entendido pelas Potências
de então que, no Congresso de Viena de 1815, onde Espanha também teve
assento, reconheceram absolutamente a justiça das reclamações de Portugal
sobre Olivença.
Por isso ficou consignado no Tratado de Viena, seu Art.º 105.º.
«Les Puissances, reconnaissant la justice des réclamations formées par S.
A. R. le prince régent de Portugal e du Brésil, sur la ville d'Olivenza et
les autres territoires cédés à Espagne par le traité de Badajoz de 1801, et
envisageant la restitution de ces objets, comme une des mesures propres à
assurer entre les deux royaumes de la péninsule, cette bonne harmonie
complète et stable dont la conservation dans toutes les parties de l'Europe
a été le but constant de leurs arrangements, s'engagent formellement à
employer dans les voies de conciliation leurs efforts les plus efficaces,
afin que la rétrocession desdits territoires en faveur du Portugal soi
effectuée; et les puissances reconnaissent, autant qu'il dépend de chacune
d'elles, que cet arrangement doit avoir lieu au plus tôt».
Como melhor saberá Vossa Excelência, em 7 de Maio de 1817, há 189 anos,
Espanha assinou o Tratado de Viena e reconheceu sem reservas os direitos de
Portugal.
Decorridos dois séculos sobre a desonrosa ocupação de Olivença, o Estado
que Vossa Excelência representa jamais respeitou o compromisso assumido
perante a Comunidade Internacional. Do carácter honrado, altivo e nobre que
Espanha diz ser o seu, não houve manifestação e, ao contrário, actuando com
ostensivo desprezo pelo Direito e pela palavra dada, Espanha cobriu-se com
o labéu da vilania.
Eis, singela, a «Questão de Olivença»: uma parcela de Portugal foi usurpada
militarmente pelo Estado espanhol, há 205 anos, extorsão não reconhecida e
ilegítima face ao Direito Internacional.
Não obedecendo ao Direito nem respeitando os seus compromissos, é Espanha,
de que Vossa Excelência é Embaixador, que se desonra.
Quanto à ofensa que a ocupação de Olivença constitui para Portugal, compete
aos Portugueses apreciá-la e julgá-la.
Da ofensa feita à Justiça e ao Direito, bem como da desonra trazida pela
quebra da palavra dada, pertence a Espanha e a Vossa Excelência conhecer do
seu significado.

Atentamente,
A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença
Lisboa, 20 de Maio de 2006.

Friday, May 19, 2006

Paranóicos

O Irão disporia de "uma câmara de gás voadora" se conseguisse dotar-se da bomba nuclear, que lhe permitiria perpetrar um novo genocídio dos judeus, declarou hoje o vice-primeiro-ministro israelita, Shimon Peres.

Segundo informações da imprensa internacional, nunca confirmadas nem desmentidas por Israel, o Estado hebreu disporia de pelo menos 200 bombas nucleares e vectores adequados para as lançar.
Têm 200 bombas nuclerares e a conta do "gás" por pagar, digo eu.

O estado a que isto chegou


O Sistema não dá conta do recado e o pior está para vir

Viva o Socialismo

Bárbara Guimarães leva aos Globos jóias no valor de um milhão de euros

Revista "Caras" já pode descansar...

Morangos com Coca

Monday, May 15, 2006

Modernizações


Nessa altura, espera-se que os assaltos sejam feitos com armas de fogo.


Até lá, os jovens coloridos, apadrinhados pela escumalha política, limitam-se a assaltar com armas brancas:

Qualquer dia...

PERTO DE SI:

...
A onda de violência no estado brasileiro de São Paulo já fez 81 mortos, 39 dos quais polícias, e 48 feridos. Os ataques espalharam-se hoje a instituições bancárias e a autocarros.

Friday, May 12, 2006

the citizens of the United States of America, from a UK friend

To the citizens of the United States of America
In the light of your failure to elect a suitable President of the USA and thus to govern yourselves, we hereby give notice of the revocation of your independence, effective today. Her Sovereign Majesty Queen Elizabeth II will resume monarchical duties over all states, commonwealths and other territories. Except Utah, which she does not fancy. Your new prime minister (The Right Honourable Tony Blair, MP for the 97.85% of you who have until now been unaware that there is a world outside your borders) will appoint a minister for America without the need for further elections. Congress and the Senate will be disbanded. A questionnaire will be circulated next year to determine whether any of you noticed.

To aid in the transition to a British Crown Dependency, the following rules are introduced with immediate effect:

1. You should look up "revocation" in the Oxford English Dictionary. Then look up "aluminium". Check the pronunciation guide. Ditto "advertisement". You will be amazed at just how wrongly you have been pronouncing it. The letter 'U' will be reinstated in words such as 'favour' and 'neighbour', skipping the letter 'U' is nothing more than laziness on your part. Likewise, you will learn to spell 'doughnut' without skipping half the letters. You will end your love affair with the letter 'Z' (pronounced 'zed' not 'zee') and the suffix "ize" will be replaced by the suffix "ise". You will learn that the suffix 'burgh is pronounced 'burra' e.g. Edinburgh. You are welcome to respell Pittsburgh as 'Pittsberg' if you can't cope with correct pronunciation. Generally, you should raise your vocabulary to acceptable levels. Look up "vocabulary". Using the same twenty seven words interspersed with filler noises such as "like" and "you know" is an unacceptable and inefficient form of communication. Look up "interspersed". There will be no more 'bleeps' in the Jerry Springer show. If you're not old enough to cope with bad language then you shouldn't have chat shows. When you learn to develop your vocabulary then you won't have to use bad language as often.
2. There is no such thing as " US English". We will let Microsoft know on your behalf. The Microsoft spell-checker will be adjusted to take account of the reinstated letter 'u' and the elimination of "-ize".
3. You should learn to distinguish the English and Australian accents. It really isn't that hard. English accents are not limited to Cockney, upper-class twit or Mancunian (Daphne in Frasier). You will also have to learn how to understand regional accents - Scottish dramas such as "Taggart" will no longer be broadcast with subtitles. While we're talking about regions, you must learn that there is no such place as Devonshire in England. The name of the county is " Devon". If you persist in calling it Devonshire, all American States will become "shires" e.g. Texasshire, Floridashire, Louisianashire.
4. Hollywood will be required occasionally to cast English actors as the good guys. Hollywood will be required to cast English actors to play English characters. British sit-coms such as "Men Behaving Badly" or "Red Dwarf" will not be re-cast and watered down for a wishy-washy American audience who can't cope with the humour of occasional political incorrectness.
5. You should relearn your original national anthem, "God Save The Queen", but only after fully carrying out task 1. We would not want you to get confused and give up half way through.
6. You should stop playing American "football". There is only one kind of football. What you refer to as American "football" is not a very good game. The 2.15% of you who are aware that there is a world outside your borders may have noticed that no one else plays "American" football. You will no longer be allowed to play it, and should instead play proper football. Initially, it would be best if you played with the girls. It is a difficult game. Those of you brave enough will, in time, be allowed to play rugby (which is similar to American "football", but does not involve stopping for a rest every twenty seconds or wearing full kevlar body armour like nancies). We are hoping to get together at least a US rugby sevens side by 2005. You should stop playing baseball. It is not reasonable to host an event called the 'World Series' for a game which is not played outside of America. Since only 2.15% of you are aware that there is a world beyond your borders, your error is understandable. Instead of baseball, you will be allowed to play a girls' game called "rounders" which is baseball without fancy team strip, oversized gloves, collector cards or hotdogs.
7. You should declare war on Quebec and France, using nuclear weapons if they give you any merde. The 97.85% of you who were not aware that there is a world outside your borders should count yourselves lucky. The Russians have never been the bad guys. "Merde" is French for "Shit". You will no longer be allowed to own or carry guns. You will no longer be allowed to own or carry anything more dangerous in public than a vegetable peeler. Because we don't believe you are sensible enough to handle potentially dangerous items, you will require a permit if you wish to carry a vegetable peeler in public.
8. July 4th is no longer a public holiday. November 2nd will be a new national holiday, but only in England. It will be called "Indecisive Day".
9. All American cars are hereby banned. They are crap and it is for your own good. When we show you German cars, you will understand what we mean. All road intersections will be replaced with roundabouts. You will start driving on the left with immediate effect. At the same time, you will go metric with immediate effect and without the benefit of conversion tables. Roundabouts and metrication will help you understand the British sense of humour.
10. You will learn to make real chips. Those things you call French fries are not real chips. Fries aren't even French, they are Belgian though 97.85% of you (including the guy who discovered fries while in Europe ) are not aware of a country called Belgium . Those things you insist on calling potato chips are properly called "crisps". Real chips are thick cut and fried in animal fat. The traditional accompaniment to chips is beer which should be served warm and flat. Waitresses will be trained to be more aggressive with customers.
11. As a sign of penance 5 grams of sea salt per cup will be added to all tea made within the Commonwealth of Massachusetts, this quantity to be doubled for tea made within the city of Boston itself.
12. The cold tasteless stuff you insist on calling beer is not actually beer at all, it is lager. From November 1st only proper British Bitter will be referred to as "beer", and European brews of known and accepted provenance will be referred to as "Lager". The substances formerly known as "American Beer" will henceforth be referred to as "Near-Frozen Knat's Urine", with the exception of the product of the American Budweiser company whose product will be referred to as "Weak Near-Frozen Knat's Urine". This will allow true Budweiser (as manufactured for the last 1000 years in Pilsen, Czech Republic) to be sold without risk of confusion.
13. From December 1st the UK will harmonise petrol (or "Gasoline" as you will be permitted to keep calling it until April 1st 2005) prices with the former USA. The UK will harmonise its prices to those of the former USA and the Former USA will, in return, adopt UK petrol prices (roughly $6/US gallon - get used to it).
14. You will learn to resolve personal issues without using guns, lawyers or therapists. The fact that you need so many lawyers and therapists shows that you're not adult enough to be independent. Guns should only be handled by adults. If you're not adult enough to sort things out without suing someone or speaking to a therapist then you're not grown up enough to handle a gun.
15. Please tell us who killed JFK. It's been driving us crazy. Tax collectors from Her Majesty's Government will be with you shortly to ensure the acquisition of all revenues due (backdated to 1776). Thank you for your cooperation.The People of Britain.

the citizens of the United States of America, from a UK friend

To the citizens of the United States of America
In the light of your failure to elect a suitable President of the USA and thus to govern yourselves, we hereby give notice of the revocation of your independence, effective today. Her Sovereign Majesty Queen Elizabeth II will resume monarchical duties over all states, commonwealths and other territories. Except Utah, which she does not fancy. Your new prime minister (The Right Honourable Tony Blair, MP for the 97.85% of you who have until now been unaware that there is a world outside your borders) will appoint a minister for America without the need for further elections. Congress and the Senate will be disbanded. A questionnaire will be circulated next year to determine whether any of you noticed.

To aid in the transition to a British Crown Dependency, the following rules are introduced with immediate effect:

1. You should look up "revocation" in the Oxford English Dictionary. Then look up "aluminium". Check the pronunciation guide. Ditto "advertisement". You will be amazed at just how wrongly you have been pronouncing it. The letter 'U' will be reinstated in words such as 'favour' and 'neighbour', skipping the letter 'U' is nothing more than laziness on your part. Likewise, you will learn to spell 'doughnut' without skipping half the letters. You will end your love affair with the letter 'Z' (pronounced 'zed' not 'zee') and the suffix "ize" will be replaced by the suffix "ise". You will learn that the suffix 'burgh is pronounced 'burra' e.g. Edinburgh. You are welcome to respell Pittsburgh as 'Pittsberg' if you can't cope with correct pronunciation. Generally, you should raise your vocabulary to acceptable levels. Look up "vocabulary". Using the same twenty seven words interspersed with filler noises such as "like" and "you know" is an unacceptable and inefficient form of communication. Look up "interspersed". There will be no more 'bleeps' in the Jerry Springer show. If you're not old enough to cope with bad language then you shouldn't have chat shows. When you learn to develop your vocabulary then you won't have to use bad language as often.
2. There is no such thing as " US English". We will let Microsoft know on your behalf. The Microsoft spell-checker will be adjusted to take account of the reinstated letter 'u' and the elimination of "-ize".
3. You should learn to distinguish the English and Australian accents. It really isn't that hard. English accents are not limited to Cockney, upper-class twit or Mancunian (Daphne in Frasier). You will also have to learn how to understand regional accents - Scottish dramas such as "Taggart" will no longer be broadcast with subtitles. While we're talking about regions, you must learn that there is no such place as Devonshire in England. The name of the county is " Devon". If you persist in calling it Devonshire, all American States will become "shires" e.g. Texasshire, Floridashire, Louisianashire.
4. Hollywood will be required occasionally to cast English actors as the good guys. Hollywood will be required to cast English actors to play English characters. British sit-coms such as "Men Behaving Badly" or "Red Dwarf" will not be re-cast and watered down for a wishy-washy American audience who can't cope with the humour of occasional political incorrectness.
5. You should relearn your original national anthem, "God Save The Queen", but only after fully carrying out task 1. We would not want you to get confused and give up half way through.
6. You should stop playing American "football". There is only one kind of football. What you refer to as American "football" is not a very good game. The 2.15% of you who are aware that there is a world outside your borders may have noticed that no one else plays "American" football. You will no longer be allowed to play it, and should instead play proper football. Initially, it would be best if you played with the girls. It is a difficult game. Those of you brave enough will, in time, be allowed to play rugby (which is similar to American "football", but does not involve stopping for a rest every twenty seconds or wearing full kevlar body armour like nancies). We are hoping to get together at least a US rugby sevens side by 2005. You should stop playing baseball. It is not reasonable to host an event called the 'World Series' for a game which is not played outside of America. Since only 2.15% of you are aware that there is a world beyond your borders, your error is understandable. Instead of baseball, you will be allowed to play a girls' game called "rounders" which is baseball without fancy team strip, oversized gloves, collector cards or hotdogs.
7. You should declare war on Quebec and France, using nuclear weapons if they give you any merde. The 97.85% of you who were not aware that there is a world outside your borders should count yourselves lucky. The Russians have never been the bad guys. "Merde" is French for "Shit". You will no longer be allowed to own or carry guns. You will no longer be allowed to own or carry anything more dangerous in public than a vegetable peeler. Because we don't believe you are sensible enough to handle potentially dangerous items, you will require a permit if you wish to carry a vegetable peeler in public.
8. July 4th is no longer a public holiday. November 2nd will be a new national holiday, but only in England. It will be called "Indecisive Day".
9. All American cars are hereby banned. They are crap and it is for your own good. When we show you German cars, you will understand what we mean. All road intersections will be replaced with roundabouts. You will start driving on the left with immediate effect. At the same time, you will go metric with immediate effect and without the benefit of conversion tables. Roundabouts and metrication will help you understand the British sense of humour.
10. You will learn to make real chips. Those things you call French fries are not real chips. Fries aren't even French, they are Belgian though 97.85% of you (including the guy who discovered fries while in Europe ) are not aware of a country called Belgium . Those things you insist on calling potato chips are properly called "crisps". Real chips are thick cut and fried in animal fat. The traditional accompaniment to chips is beer which should be served warm and flat. Waitresses will be trained to be more aggressive with customers.
11. As a sign of penance 5 grams of sea salt per cup will be added to all tea made within the Commonwealth of Massachusetts, this quantity to be doubled for tea made within the city of Boston itself.
12. The cold tasteless stuff you insist on calling beer is not actually beer at all, it is lager. From November 1st only proper British Bitter will be referred to as "beer", and European brews of known and accepted provenance will be referred to as "Lager". The substances formerly known as "American Beer" will henceforth be referred to as "Near-Frozen Knat's Urine", with the exception of the product of the American Budweiser company whose product will be referred to as "Weak Near-Frozen Knat's Urine". This will allow true Budweiser (as manufactured for the last 1000 years in Pilsen, Czech Republic) to be sold without risk of confusion.
13. From December 1st the UK will harmonise petrol (or "Gasoline" as you will be permitted to keep calling it until April 1st 2005) prices with the former USA. The UK will harmonise its prices to those of the former USA and the Former USA will, in return, adopt UK petrol prices (roughly $6/US gallon - get used to it).
14. You will learn to resolve personal issues without using guns, lawyers or therapists. The fact that you need so many lawyers and therapists shows that you're not adult enough to be independent. Guns should only be handled by adults. If you're not adult enough to sort things out without suing someone or speaking to a therapist then you're not grown up enough to handle a gun.
15. Please tell us who killed JFK. It's been driving us crazy. Tax collectors from Her Majesty's Government will be with you shortly to ensure the acquisition of all revenues due (backdated to 1776). Thank you for your cooperation.The People of Britain.

OS ME(R)DIA

Contra a Barata, marchar, marchar!


Os me(r)dia querem é sangue

Como já vem sendo habitual, nos dias que antecedem as nossas manifestações, a comunicação social é lesta em atirar títulos sensacionalistas que não nos cansamos de denunciar como sendo puro terrorismo.

Desta vez é o Correio da Manhã que anuncia a manifestação em Vila de Rei com o título: "ameaça aos brasileiros".

Antes de mais, há que deixar bem explícito um sério aviso aos brasileiros e restantes habitantes de Vila de Rei:

Não se deixem enganar pela pseudo-comunicação social portuguesa!

São, a seguir aos políticos, os maiores mentirosos deste país! Andam sempre ávidos de "sangue", quais vampiros da globalização, e procuram invariavelmente manchetes sensacionalistas que apenas servem para juntar o "útil" ao "agradável": é útil, para eles, vender mais jornais, ao mesmo tempo que lhes é agradável catalogar-nos de criminosos.

Não interessa dissertar muito sobre o tema, nem andar aqui a enumerar casos e mais casos (alguns expostos neste site) em que tal aconteceu. Os actos falam mais alto, e a verdade é que todas - mas todas! - as manifestações em que participou a Frente Nacional nunca tiveram qualquer acto violento nem representaram verdadeira ameaça para ninguém.

Com uma excepção: O SISTEMA!

O sistema que sobrevive da imigração, o sistema que incentiva o nivelamento por baixo do nível salarial, o sistema que importa mão-de-obra escrava, o sistema que promove a globalização, o sistema que degrada o nível de vida dos portugueses com a desculpa da crise, o sistema que aumenta as regalias dos políticos e despreza o trabalhador português, o sistema que encerra maternidades mas fala da necessidade de repovoar o interior. Resumindo, o sistema da destruição nacional!

Foi também isso que denunciámos no último dia 1 de Maio, quando nos deslocámos às Caldas da Rainha para celebrar não o dia do trabalhador mas o Dia do Trabalho Nacional.

Poderão estar descansados os habitantes de Vila de Rei, vamos para estar do vosso lado, vamos para tomar contacto convosco e com a realidade da vila, vamos para alertar para aquilo que se está a passar, de forma generalizada, no nosso país, vamos para dizer aquilo que não nos deixaram dizer no programa "Prós e Prós".

Nada temos contra os brasileiros que procuram uma vida melhor, apesar de ser mentira que o venham a conseguir no nosso país, e por isso mesmo é mais que provável que rapidamente "fujam para outras paragens" depois de munidos do respectivo "cartão dourado" que é o passaporte europeu.

O que se está a passar, não só na pequena Vila de Rei mas em Portugal inteiro, é uma importação maciça de mão-de-obra escrava e barata, que vem baixar o nível salarial do nosso país, e a substituição do povo português por imigrantes que, independentemente das suas qualificações, aceitam qualquer tipo de trabalho e a qualquer preço.

O que nos move é um "ódio", sim, não contra o imigrante mas contra quem sobrevive à conta da nova escravatura; os vampiros venenosos que se alimentam do sangue, e sobrevivem à conta do sacrifício, do nosso Povo!

Vamos para alertar para aquilo que nenhuma associação, sindicato ou partido, seja ele de esquerda ou direita, tem coragem de denunciar: a morte anunciada do nosso Povo, a degradação do nosso nível de vida, a constante baixa do nível salarial, o aumento da precariedade no trabalho, entre muitas outras consequências, a nível social e cultural, da imigração em massa que é o sustento deste sistema podre, corrupto, desonesto, mentiroso, que vive do capitalismo e da tão "aclamada" globalização.

Vilarregenses: Nós vamos a Vila de Rei porque queremos estar convosco, nós vamos porque somos os únicos que estão, verdadeiramente, do vosso lado!

Comunicado oportuno da Frente Nacional

Thursday, May 11, 2006

Em Roma sê romano

Quem mente a quem?


Catorze por cento dos reclusos que cumprem pena nas cadeias portuguesas são estrangeiros e a maior parte deles (696) foram condenados por tráfico de droga. Segundo os números da Direcção-Geral dos Serviço Prisionais (DGSP), a que o CM teve acesso, num universo de 9844 reclusos, 1381 são imigrantes.

Cada recluso, segundo o Ministério da Justiça, custa ao Estado 43,08 euros por dia.

22 milhões de euros por ano é quanto custam os imigrantes que estão presos. Falta o resto.
É para isto que se paga impostos? E ainda têm a lata de dizer que a imigração dá lucro...

Dá lucro é ao grande capital e aos exploradores de mão-de-obra barata!

*Faltam aqueles que já têm BI português.

AGENDA

Wednesday, May 10, 2006

QUEM É QUE É RACISTA?


Capa do CM de 11 Maio 2006

Passam a vida preocupados


O antecessor também andou 10 anos a "preocupar-se"

Berlinguino e Catalona, per un Cechino

Il Trionfo della Politica ( Berlinguino e Catalona)

Quando erano giovani, due bimbi discutevano lo che diventerebbero, da grandi. Uno diceva: io sarò lampedista. Il altro diceva: io sarò contumelista. E continuavano a giocare insieme, come amici, dicendosi: noi due conquisteremo il mondo. Quale era la differenza tra le due? Essere lampedista significava guardare al mondo con il brillo di un lampo, mentre che essere contumelista significava organizzare contumelie, come nubi nere, prima che il lampo sgorgesse. Uno era catalano, il altro napoletano.

Così, il Imperatore caduto, quello chi aveva costruito un Imperio con i lampi messi in cavi e presi in schermi televisivi, ha lasciato uno di questi due senatori, il unico sopravissuto, diventare uno dei attori principali del spettacolo chi doveva, forzosamente, continuare. In fine, tutto era un spettacolo e il Imperatore ne lo sapeva. Il Imperatore si rideva quando era sul’palco. Adesso, che era caduto, lasciava il contumelista recitare da solo.

Era lui, il contumelista, chi ascendeva adesso al vertice del spettacolo. Però, da molto, il contumelista si aveva lasciato di contumelie. Parlava poco, rideva nulla, non metteva mài la scarpa nella bocca. Era sempre griggio e ragionevole, i sue abiti erano sempre aplomb, aristocratici, si diceva. In fine era stato ben rimborsato. Di contumelista, aveva passato a riformista, e si aveva riformato a se stesso, fino a che non aveva bisogno di parlare. La accadeva soltanto muovere le lapre, che tutta la scena cambiava. Non è facile, imparare a aviccinarsi, e fermarsi al centro del’uragano, per commandare i venti, rifletteva lui. Questo è l’arte del possibile. La Politica.

Però lui, in essenza, rimaneva contumelista. Lo ha anche provato, al vertice del legioni contumelisti, di dichiarare che i sui capi in qualche regioni, dovevano esguire i codici della morale. La morale contumelizza la natura.

Adesso, mentre che il Imperatore si accomoda per guardare il spettacolo (insomma, non è così tragico andarsene di vacanze da Imperatore, anzichè è divertente), il vecchio contumelista si prepara per prendere il sceptro.

È troppo tarde per fare contumelie. Quando scoprire che le hanno chiamato “Il Re Umberto”, per che lui è in esilio di se stesso ( e non per che la scelta dei su abbigliamenti è reale), la saggezza sarà tropo pesante per contemplare la oscurità del mondo. Si vorrà riformare, il cuore vorrà fare una contumelia e lui cadrà con un colpo di cuore, come un lampo. Il catalano è dentro di lui.

Berlinguino e Catalona, per un Cechino

Il Trionfo della Politica ( Berlinguino e Catalona)

Quando erano giovani, due bimbi discutevano lo che diventerebbero, da grandi. Uno diceva: io sarò lampedista. Il altro diceva: io sarò contumelista. E continuavano a giocare insieme, come amici, dicendosi: noi due conquisteremo il mondo. Quale era la differenza tra le due? Essere lampedista significava guardare al mondo con il brillo di un lampo, mentre che essere contumelista significava organizzare contumelie, come nubi nere, prima che il lampo sgorgesse. Uno era catalano, il altro napoletano.

Così, il Imperatore caduto, quello chi aveva costruito un Imperio con i lampi messi in cavi e presi in schermi televisivi, ha lasciato uno di questi due senatori, il unico sopravissuto, diventare uno dei attori principali del spettacolo chi doveva, forzosamente, continuare. In fine, tutto era un spettacolo e il Imperatore ne lo sapeva. Il Imperatore si rideva quando era sul’palco. Adesso, che era caduto, lasciava il contumelista recitare da solo.

Era lui, il contumelista, chi ascendeva adesso al vertice del spettacolo. Però, da molto, il contumelista si aveva lasciato di contumelie. Parlava poco, rideva nulla, non metteva mài la scarpa nella bocca. Era sempre griggio e ragionevole, i sue abiti erano sempre aplomb, aristocratici, si diceva. In fine era stato ben rimborsato. Di contumelista, aveva passato a riformista, e si aveva riformato a se stesso, fino a che non aveva bisogno di parlare. La accadeva soltanto muovere le lapre, che tutta la scena cambiava. Non è facile, imparare a aviccinarsi, e fermarsi al centro del’uragano, per commandare i venti, rifletteva lui. Questo è l’arte del possibile. La Politica.

Però lui, in essenza, rimaneva contumelista. Lo ha anche provato, al vertice del legioni contumelisti, di dichiarare che i sui capi in qualche regioni, dovevano esguire i codici della morale. La morale contumelizza la natura.

Adesso, mentre che il Imperatore si accomoda per guardare il spettacolo (insomma, non è così tragico andarsene di vacanze da Imperatore, anzichè è divertente), il vecchio contumelista si prepara per prendere il sceptro.

È troppo tarde per fare contumelie. Quando scoprire che le hanno chiamato “Il Re Umberto”, per che lui è in esilio di se stesso ( e non per che la scelta dei su abbigliamenti è reale), la saggezza sarà tropo pesante per contemplare la oscurità del mondo. Si vorrà riformare, il cuore vorrà fare una contumelia e lui cadrà con un colpo di cuore, come un lampo. Il catalano è dentro di lui.

Tuesday, May 9, 2006

MUNDO CÃO

O povo é quem mais ordena

O Ministro da Saúde não recua face às providências cautelares que tentam suspender o encerramento dos blocos de parto em vários hospitais do País, que o Governo justifica com blah blah blah blah blah blah blah e blah.

Que cara linda

Oh Bella Ciao

A política cisalpina foi sempre um caso especial e delicioso de fausto, manobra, habilidade, surpresa. Todos os Políticos são dextros mesmo que sejam de Esquerda. Ao deixar a sede do governo, Berlusconi arranjou uma claque de adeptos a cantar Oh Bella Ciao, o canto (cantado a capella no excero em link) da Resistência Italiana contra o nazifascismo. Berlusconi sempre contou com o apoio dos neofascistas italianos e o seu braço direito no Conselho era Gianfranco Fini, da Aliança nacional.
Mamma Mia! Que importa! o Espectáculo é tudo!


Bella ciao!

Una mattina mi son svegliata,
oh bella ciao, bella ciao,
bella ciao ciao ciao,
una mattina mi son svegliata
ed ho trovato l’invasor.

Oh partigiano, portami via,
oh bella ciao, bella ciao,
bella ciao ciao ciao,
oh partigiano, portami via
che mi sento di morir.

RESTO DA LETRA

Oh Bella Ciao

A política cisalpina foi sempre um caso especial e delicioso de fausto, manobra, habilidade, surpresa. Todos os Políticos são dextros mesmo que sejam de Esquerda. Ao deixar a sede do governo, Berlusconi arranjou uma claque de adeptos a cantar Oh Bella Ciao, o canto (cantado a capella no excero em link) da Resistência Italiana contra o nazifascismo. Berlusconi sempre contou com o apoio dos neofascistas italianos e o seu braço direito no Conselho era Gianfranco Fini, da Aliança nacional.
Mamma Mia! Que importa! o Espectáculo é tudo!


Bella ciao!

Una mattina mi son svegliata,
oh bella ciao, bella ciao,
bella ciao ciao ciao,
una mattina mi son svegliata
ed ho trovato l’invasor.

Oh partigiano, portami via,
oh bella ciao, bella ciao,
bella ciao ciao ciao,
oh partigiano, portami via
che mi sento di morir.

RESTO DA LETRA

Monday, May 8, 2006

A verdade a que temos direito

"O aumento da criminalidade em Portugal deu-se com a abertura das fronteiras", disse o presidente da SPP, António Ramos, ao Diário de Notícias, citado pela Lusa. O mesmo dirigente terá dito que "o Governo não devia deixar entrar tanta gente".

O secretário-geral do sindicato, Luís Filipe Maria, garantiu que o SPP "não é contra a imigração", mas salientou que "antes de haver imigrantes brasileiros não havia assaltos nos semáforos".

"Quem matou os agentes na Amadora? Não foi um brasileiro? Quem matou o agente Ireneu na Cova da Moura? Não foram estrangeiros?", questionou o sindicalista.

O bronzeado ministro da Administração Interna quer punir os incautos polícias que se limitaram a dizer a verdade.

Mais: Para que o povo continue a não saber a quantas anda, a Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR) recomenda aos jornalistas que evitem referências à nacionalidade, etnia, religião ou situação documental de pessoas sempre que não sejam essenciais à notícia.

Até quando vai continuar esta criminosa palhaçada?

Pregões de Lisboa, por André Bandeira

1 – “Jesus Cristo!” Este foi lançado pelo Padre Stilwell, da Paróquia das Amoreiras. Quem o lançou saíu da sua reverberação habitual de teólogo que não pronuncias as frases mas as põe a rodar sobre a mesa como moedas de ouro. Desta vez levantou a voz, com uma certa chicotada e eu, que me remoía por ter dito a uma pedinte romena, cheio de topete, “ Olhe, devia era ir trabalhar!” ou respondera, em seguida, a dois estrangeiros em busca da Igreja do Sacramento, com um desengajado “Não sei!”, acordei com aquele estalo. O Padre Stilwell não precisa de diferenciar os novos e velhos rostos da sua Paróquia, para expulsar do todo, uma sombra.

2- “Viva Maria! Viva Maria, nossa Mãe!”, o refrão de um cantor, na mesma Igreja, com uma voz ligeiramente rouca. Parecia uma daqueles rapazes de classe alta de Lisboa, que já não têm voz para enfrentar um Mundo rude e réptil, e que começam a dizer coisas “frescas”, sem muito nexo ( ou com muito!) como um espadachim que prolonga aos tropeções a sua queda, antes de ser atropelado pela brutalidade dos tempos. Mas ainda uma Voz capaz de aquecer o coração de quem ouve, com a sua lealdade ascendendo para o teto, com o seu timbre de pureza. De um tempo em que vozes como aquelas ainda pediam uma rapariga em casamento e sabiam sofrer por amor quando eram recusadas.

3- “Quem é honesto não sai da cêpa torta!” dizia uma mulher num quiosque da Praça do Comércio. E acrescentou que “se eu fôsse governante, um dia apenas, limpava isto tudo!”. Senti-me um pouco tocado, eu que escolhia e deixava à vista, diligentemente, livros em quinta mão, a um Euro. Quando levantei a cabeça, e vi o estendal de revistas pornográficas que rodeavam a vendedora, como lamaprinas votivas em torno de um guru hindu, estive para lhe dizer: “ Olhe , minha senhora. Comece por limpar isto tudo, aqui do seu estaminé!” Mas, depois, ao olhar de soslaio para as raparigaças das capas, bem alimentadas, saudáveis e sorridentes, percebi que estas imagens multiplicadas são símbolos modernos de fecundidade e que a gente fica bem-disposta quando se alumiam na televisão, ou nas paredes, como se, num vale aos nossos pés, pascolasse uma manada ou uma seara madura nos bafejasse os olhos.

4- “Ela ficava mais contente, se o marido dela a tivesse traído com um homem do que com outra mulher!”. Reconheci a voz dolente duma loira portuense que viajava na minha carruagem de 1ª Classe, ao lado do seu companheiro, um brasileiro intelectual e frágil, como um português do Séc. XIX que dominara quase completamente o sotaque tropical. Aquela voz dolente enchia, desde os primeiros rumores, até às conclusões, a carruagem, enchia-a com doença. Era uma dessas namoradas do Porto, abastadas, como um eterno pôr-de-sol na Foz onde o próximo passo, depois do Sol desaparecer, é cair abaixo da Ponte D. Luís. Tinha um ar de lantejoula de arte-nova, escondida na sua discrição envolta, como uma herdeira com casa de Verão, na Granja. Lentamente, ia tecendo uma malha de queixumes em torno da sua arrogância de Burgo, com uma série de dolências amorosas, de carências de ser punida e de ser amada ao mesmo tempo e ainda um brio em roer a base do mundo se não o conseguisse. Valia tudo naquele queixume que rapidamente declinava para uma zaragata: pôr homens e mulheres em posições degradantes para que, no azedume geral ( como um pôr-do-sol na Foz) pudesse adormecer (ou morrer descansada) na mesma cadeira de damasco, em que as senhoras do Porto, nos áticos, escutam sem ser vistas, as vozes da rua. Ao lado, o brasileiro ( ou direi melhor: o luso-brasileiro), como um homem jovem seduzido pelas ideias generosas do 25 de Abril, geria a sua fragilidade, sem saída possível.

Pregões de Lisboa, por André Bandeira

1 – “Jesus Cristo!” Este foi lançado pelo Padre Stilwell, da Paróquia das Amoreiras. Quem o lançou saíu da sua reverberação habitual de teólogo que não pronuncias as frases mas as põe a rodar sobre a mesa como moedas de ouro. Desta vez levantou a voz, com uma certa chicotada e eu, que me remoía por ter dito a uma pedinte romena, cheio de topete, “ Olhe, devia era ir trabalhar!” ou respondera, em seguida, a dois estrangeiros em busca da Igreja do Sacramento, com um desengajado “Não sei!”, acordei com aquele estalo. O Padre Stilwell não precisa de diferenciar os novos e velhos rostos da sua Paróquia, para expulsar do todo, uma sombra.

2- “Viva Maria! Viva Maria, nossa Mãe!”, o refrão de um cantor, na mesma Igreja, com uma voz ligeiramente rouca. Parecia uma daqueles rapazes de classe alta de Lisboa, que já não têm voz para enfrentar um Mundo rude e réptil, e que começam a dizer coisas “frescas”, sem muito nexo ( ou com muito!) como um espadachim que prolonga aos tropeções a sua queda, antes de ser atropelado pela brutalidade dos tempos. Mas ainda uma Voz capaz de aquecer o coração de quem ouve, com a sua lealdade ascendendo para o teto, com o seu timbre de pureza. De um tempo em que vozes como aquelas ainda pediam uma rapariga em casamento e sabiam sofrer por amor quando eram recusadas.

3- “Quem é honesto não sai da cêpa torta!” dizia uma mulher num quiosque da Praça do Comércio. E acrescentou que “se eu fôsse governante, um dia apenas, limpava isto tudo!”. Senti-me um pouco tocado, eu que escolhia e deixava à vista, diligentemente, livros em quinta mão, a um Euro. Quando levantei a cabeça, e vi o estendal de revistas pornográficas que rodeavam a vendedora, como lamaprinas votivas em torno de um guru hindu, estive para lhe dizer: “ Olhe , minha senhora. Comece por limpar isto tudo, aqui do seu estaminé!” Mas, depois, ao olhar de soslaio para as raparigaças das capas, bem alimentadas, saudáveis e sorridentes, percebi que estas imagens multiplicadas são símbolos modernos de fecundidade e que a gente fica bem-disposta quando se alumiam na televisão, ou nas paredes, como se, num vale aos nossos pés, pascolasse uma manada ou uma seara madura nos bafejasse os olhos.

4- “Ela ficava mais contente, se o marido dela a tivesse traído com um homem do que com outra mulher!”. Reconheci a voz dolente duma loira portuense que viajava na minha carruagem de 1ª Classe, ao lado do seu companheiro, um brasileiro intelectual e frágil, como um português do Séc. XIX que dominara quase completamente o sotaque tropical. Aquela voz dolente enchia, desde os primeiros rumores, até às conclusões, a carruagem, enchia-a com doença. Era uma dessas namoradas do Porto, abastadas, como um eterno pôr-de-sol na Foz onde o próximo passo, depois do Sol desaparecer, é cair abaixo da Ponte D. Luís. Tinha um ar de lantejoula de arte-nova, escondida na sua discrição envolta, como uma herdeira com casa de Verão, na Granja. Lentamente, ia tecendo uma malha de queixumes em torno da sua arrogância de Burgo, com uma série de dolências amorosas, de carências de ser punida e de ser amada ao mesmo tempo e ainda um brio em roer a base do mundo se não o conseguisse. Valia tudo naquele queixume que rapidamente declinava para uma zaragata: pôr homens e mulheres em posições degradantes para que, no azedume geral ( como um pôr-do-sol na Foz) pudesse adormecer (ou morrer descansada) na mesma cadeira de damasco, em que as senhoras do Porto, nos áticos, escutam sem ser vistas, as vozes da rua. Ao lado, o brasileiro ( ou direi melhor: o luso-brasileiro), como um homem jovem seduzido pelas ideias generosas do 25 de Abril, geria a sua fragilidade, sem saída possível.

 
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