Apesar de terem passado 60 anos, a decisão do presidente Harry Truman de usar bombas atómicas em Hiroxima e Nagasáqui ainda deixa os historiadores divididos entre os que falam de uma genial decisão militar e os que a apelidam de crime contra a humanidade.
...
Mesmo em 1945, os responsáveis americanos estavam divididos sobre o recurso à bomba atómica. Sete cientistas do Projecto Manhattan pediram que fosse dada uma hipótese aos japoneses de capitular.
O ex-presidente Herbert Hoover intercedeu junto de Truman para prometer aos japoneses que poderiam manter o imperador se o Japão capitulasse. No entanto, para Peter Kuznick, historiador da American University, em Washington, os bombardeamentos de Hiroxima e Nagasáqui são "crimes contra a humanidade".
Segundo Kuznick, a Administração Truman não tomou a decisão em função dos cálculos de baixas numa possível invasão, mas porque queria acabar com a guerra antes que a União Soviética pudesse participar na invasão do Japão, o que teria provocado problemas geopolíticos na Ásia do pós-guerra.
O professor Tsuyoshi Hasegawa, da Universidade da Califórnia, defende igualmente esta tese, dizendo que a entrada da URSS na guerra do Pacífico teria sido o factor decisivo para o bombardeamento de Hiroxima e Nagasáqui.
Só não vê quem não quer.
Subscribe to:
Post Comments (Atom)
No comments:
Post a Comment