Hermann Von Keyserling escreveu em 1928 este perfil dos Povos da Europa, mas em 1931 acrescentou-lhe um capítulo sobre Portugal. Keyserling era tido como um ensaísta, um generalista que dizia muitas coisas gerais que pareciam verdade, todas pouco comprováveis ( e, talvez ouvindo falar de Colombo, dizia que Marco Pólo era português). Keyserling era considerado um Spengler mas sem pessimismo. Quando morreu, no Tirol, em 1946, este aristocrata báltico de cultura sueca, tinha visto a Europa toda,,de frente e de verso, e acreditava que ao mundo acontecia uma tragédia, de "quatro em quatro semanas", como as térmitas, mas que o futuro seria "ecuménico". Na aparência, que foi o seu Meio, teve razão. Sobre a sua comunidade, digamos que era daqueles da época de trinta a dizer que se tinha de combinar Sócrates com o Tao,ou Platão com Vivekaananda.
Sobre Portugal: começa por dizer que nunca viu tantos superlativos de cortesia como entre os Portugueses ( sic. Unamuno) tais como Excelência, "Vossa Senhoria", etc. Que ninguém falava tantas Línguas tão bem como os Portugueses. Que não havia nenhuma diferença entre Espanha e Portugal, excepto a negação total de Portugal feita a Castela,negação de resto partilhada pelos Galegos ( repete o episódio também ouvido das Invasões francesas, em que o Super-Poder do Duque de Alba entrando em Portugal, em 1580, numa ponte da fronteira, deparou como um indivíduo que de chapéu na mão lhe barrava o caminho e se aproximou dele dizendo " esteja tranquilo que eu não lhe faço mal"). Onde o castelhano era orgulhoso e brutal, o português era humilde e mesquinho. Também nunca vira tantos diminutivos, como numa canção em que a Morte era tratada por "a mortinha". A equação portuguesa era insolúvel, Portugal "uma varanda sobre o infinito". Nunca vira uma tão grande combinação de tipos raciais, onde todas as combinações e reaparições eram possíveis. O português era o mais explosivo dos caracteres europeus. Assim, Portugal só superou as suas contradições no Império, quando chegou ao máximo da combinação de um máximo de caracteres díspares. Só dois Povos, segundo Keyserling, se assemelhavam aos portugeses na Europa: os alemães, porque a sua "Sehnsucht" era a única coisa europeia comparável à Saudade, esse mecanismo para assentar em algo harmonioso, quando a desarmonia do Presente se reconhecia insuperável. E, acima de tudo, os Gregos: Portugal era grego ( Grécia qual, aliás, para Keyserling era o Sul da Rússia, acrescentando muito curiosamente que as discussões com Sócrates eram tão insuportáveis como aquelas que mantivera com estudantes de Moscovo -- só então me dei conta com a semelhança do busto de Sócrates com um velho russo). Portugal, como os Gregos, cultivava um passado eterno e glorioso, só para acabarem no total caos da realidade. Com uma diferença: os gregos acabavam no caos dos paradoxos intelectuais. Os portugueses, acabavam no caos dos paradoxos emocionais, o qual disfarçavam com um total virar das costas ao estudo do coração e um apêgo teimoso, mesquinho, ao Objectivo.
Keyserling tem muita razão e dá-nos porventura uma chave para o tempo horrível que Portugal atravessa: caos emocional.
Tuesday, April 22, 2008
V - (Re)leituras: "Das Spektrum Europas" de Keyserling, por André Bandeira
Hermann Von Keyserling escreveu em 1928 este perfil dos Povos da Europa, mas em 1931 acrescentou-lhe um capítulo sobre Portugal. Keyserling era tido como um ensaísta, um generalista que dizia muitas coisas gerais que pareciam verdade, todas pouco comprováveis ( e, talvez ouvindo falar de Colombo, dizia que Marco Pólo era português). Keyserling era considerado um Spengler mas sem pessimismo. Quando morreu, no Tirol, em 1946, este aristocrata báltico de cultura sueca, tinha visto a Europa toda,,de frente e de verso, e acreditava que ao mundo acontecia uma tragédia, de "quatro em quatro semanas", como as térmitas, mas que o futuro seria "ecuménico". Na aparência, que foi o seu Meio, teve razão. Sobre a sua comunidade, digamos que era daqueles da época de trinta a dizer que se tinha de combinar Sócrates com o Tao,ou Platão com Vivekaananda.
Sobre Portugal: começa por dizer que nunca viu tantos superlativos de cortesia como entre os Portugueses ( sic. Unamuno) tais como Excelência, "Vossa Senhoria", etc. Que ninguém falava tantas Línguas tão bem como os Portugueses. Que não havia nenhuma diferença entre Espanha e Portugal, excepto a negação total de Portugal feita a Castela,negação de resto partilhada pelos Galegos ( repete o episódio também ouvido das Invasões francesas, em que o Super-Poder do Duque de Alba entrando em Portugal, em 1580, numa ponte da fronteira, deparou como um indivíduo que de chapéu na mão lhe barrava o caminho e se aproximou dele dizendo " esteja tranquilo que eu não lhe faço mal"). Onde o castelhano era orgulhoso e brutal, o português era humilde e mesquinho. Também nunca vira tantos diminutivos, como numa canção em que a Morte era tratada por "a mortinha". A equação portuguesa era insolúvel, Portugal "uma varanda sobre o infinito". Nunca vira uma tão grande combinação de tipos raciais, onde todas as combinações e reaparições eram possíveis. O português era o mais explosivo dos caracteres europeus. Assim, Portugal só superou as suas contradições no Império, quando chegou ao máximo da combinação de um máximo de caracteres díspares. Só dois Povos, segundo Keyserling, se assemelhavam aos portugeses na Europa: os alemães, porque a sua "Sehnsucht" era a única coisa europeia comparável à Saudade, esse mecanismo para assentar em algo harmonioso, quando a desarmonia do Presente se reconhecia insuperável. E, acima de tudo, os Gregos: Portugal era grego ( Grécia qual, aliás, para Keyserling era o Sul da Rússia, acrescentando muito curiosamente que as discussões com Sócrates eram tão insuportáveis como aquelas que mantivera com estudantes de Moscovo -- só então me dei conta com a semelhança do busto de Sócrates com um velho russo). Portugal, como os Gregos, cultivava um passado eterno e glorioso, só para acabarem no total caos da realidade. Com uma diferença: os gregos acabavam no caos dos paradoxos intelectuais. Os portugueses, acabavam no caos dos paradoxos emocionais, o qual disfarçavam com um total virar das costas ao estudo do coração e um apêgo teimoso, mesquinho, ao Objectivo.
Keyserling tem muita razão e dá-nos porventura uma chave para o tempo horrível que Portugal atravessa: caos emocional.
Sobre Portugal: começa por dizer que nunca viu tantos superlativos de cortesia como entre os Portugueses ( sic. Unamuno) tais como Excelência, "Vossa Senhoria", etc. Que ninguém falava tantas Línguas tão bem como os Portugueses. Que não havia nenhuma diferença entre Espanha e Portugal, excepto a negação total de Portugal feita a Castela,negação de resto partilhada pelos Galegos ( repete o episódio também ouvido das Invasões francesas, em que o Super-Poder do Duque de Alba entrando em Portugal, em 1580, numa ponte da fronteira, deparou como um indivíduo que de chapéu na mão lhe barrava o caminho e se aproximou dele dizendo " esteja tranquilo que eu não lhe faço mal"). Onde o castelhano era orgulhoso e brutal, o português era humilde e mesquinho. Também nunca vira tantos diminutivos, como numa canção em que a Morte era tratada por "a mortinha". A equação portuguesa era insolúvel, Portugal "uma varanda sobre o infinito". Nunca vira uma tão grande combinação de tipos raciais, onde todas as combinações e reaparições eram possíveis. O português era o mais explosivo dos caracteres europeus. Assim, Portugal só superou as suas contradições no Império, quando chegou ao máximo da combinação de um máximo de caracteres díspares. Só dois Povos, segundo Keyserling, se assemelhavam aos portugeses na Europa: os alemães, porque a sua "Sehnsucht" era a única coisa europeia comparável à Saudade, esse mecanismo para assentar em algo harmonioso, quando a desarmonia do Presente se reconhecia insuperável. E, acima de tudo, os Gregos: Portugal era grego ( Grécia qual, aliás, para Keyserling era o Sul da Rússia, acrescentando muito curiosamente que as discussões com Sócrates eram tão insuportáveis como aquelas que mantivera com estudantes de Moscovo -- só então me dei conta com a semelhança do busto de Sócrates com um velho russo). Portugal, como os Gregos, cultivava um passado eterno e glorioso, só para acabarem no total caos da realidade. Com uma diferença: os gregos acabavam no caos dos paradoxos intelectuais. Os portugueses, acabavam no caos dos paradoxos emocionais, o qual disfarçavam com um total virar das costas ao estudo do coração e um apêgo teimoso, mesquinho, ao Objectivo.
Keyserling tem muita razão e dá-nos porventura uma chave para o tempo horrível que Portugal atravessa: caos emocional.
Hong Kong Movie Trailers from the '80s and '90s
Just for fun:
God of Gamblers' Return (aka God of Gamblers 2)
A Better Tomorrow 2
Yes, Madam
Police Story
Twinkle, Twinkle Little Star
God of Gamblers' Return (aka God of Gamblers 2)
A Better Tomorrow 2
Yes, Madam
Police Story
Twinkle, Twinkle Little Star
Friday, April 18, 2008
Luís Filipe Meneses e o Cardeal de Retz

“Acredito firmemente que são necessárias maiores qualidades para ser um bom chefe de partido do que para ser um bom imperador”, disse Retz e mostrou-o Meneses.
Cardeal de Retz – Teoria da Conspiração 1ª parte
Perante a desconsoladora repetição dos comentadores políticos nacionais, vejo-me obrigado repetir clássicos. Não creio que seja presunção mas sim o efeito de revolta contra a presunção satisfeita e a miopia ideológica que ataca quase todos os nossos encartados e publicitados comentadores nacionais. Reduziram a política à ideia de manobra e conspiração. Mas será que conhecem mesmo os recantos desta visão teatral que tem um lugar indispensável mas subalterno na vida política? Acho que devemos todos reler o Cardeal de Retz.
Sainte Beuve dizia que só conseguia ler dois autores: Maquiavel e Retz. Porquê? Qual a razão de Paul de Gondi (1613-1679) coadjutor, e depois Arcebispo de Paris e Cardeal de Retz ter ganho um lugar na história das ideias políticas?
Retz entrou na história pela sua actuação no tempo da Fronda, a revolta contra a monarquia francesa, entregue então às mãos manipuladoras do Cardeal Mazarino. Eram tempos novos, de ruptura com a velha ordem. Está a terminar a harmonia medieval das autoridades difusas. E cada autoridade política quer definir os seus poderes, se possível por escrito. Era a revolução de Cromwell em Inglaterra, e as revoltas contra os reis Áustrias, das quais a única com sucesso foi a revolução de 1640 em Portugal. Richelieu morreu em 1642. Em 1647 o Parlamento de Paris recusou um édito de Mazarino. O crescimento da autoridade do estado e os problemas financeiros são os mesmos por toda a parte. E de um modo geral, vai falhar em toda a Europa a tentativa de estabelecer a monarquia limitada.
Retz é o conspirador que defende a velha monarquia limitada, apoiado no Parlamento de Paris. Este tinha o poder de aprovar as ordenações régias de natureza legislativa e financeira, a fim de adquirirem a força de lei. Era composto por cerca de 200 membros que formavam a cabeça de um corpo de 40 mil funcionários que reunia a magistratura judicial e financeira de toda a França. Organizadas em Câmaras mas reunindo em plenário para aprovação de assuntos de Estado, eram as cabeças das 40 mil famílias que representavam a França comercial e industrial.
Segundo Retz, a monarquia assentava num equilíbrio entre vários poderes, sendo virtuoso que os poderes do rei não estivessem fixados por escrito. Era uma monarquia temperada pelos costumes dos Estados Gerais e dos Parlamentos, uma monarquia que navegava entre a prepotência régia e a libertinagem popular. O “mistério do estado”, as prerrogativas do rei, não deviam ser rompidas. Não deviam , mas estavam a ser.
A teoria da conspiração de Retz assenta na criação de poder político através da imaginação. O poder do Parlamento, diz, assenta na imaginação: “Eles podem fazer o que acreditam que podem fazer, chegados a um certo ponto”. Contudo, a imaginação não trabalha por si própria; requer esforço e há um longo caminho a percorrer “ desde a veleidade à vontade, da vontade à resolução, da resolução ``a escolha de meios, da escolha de meios à sua aplicação”.
Se a imaginação se apoiar em acção pode ser fonte de sucesso. Neste sentido, Retz é o primeiro conspirador moderno, o agitador profissional que aprecia as jogadas políticas e as desenvolve como uma arte da manobra: “Acredito firmemente que são necessárias maiores qualidades para ser um bom chefe de partido (chef de parti) do que para ser um bom imperador”.
Luís Filipe Meneses e o Cardeal de Retz

“Acredito firmemente que são necessárias maiores qualidades para ser um bom chefe de partido do que para ser um bom imperador”, disse Retz e mostrou-o Meneses.
Cardeal de Retz – Teoria da Conspiração 1ª parte
Perante a desconsoladora repetição dos comentadores políticos nacionais, vejo-me obrigado repetir clássicos. Não creio que seja presunção mas sim o efeito de revolta contra a presunção satisfeita e a miopia ideológica que ataca quase todos os nossos encartados e publicitados comentadores nacionais. Reduziram a política à ideia de manobra e conspiração. Mas será que conhecem mesmo os recantos desta visão teatral que tem um lugar indispensável mas subalterno na vida política? Acho que devemos todos reler o Cardeal de Retz.
Sainte Beuve dizia que só conseguia ler dois autores: Maquiavel e Retz. Porquê? Qual a razão de Paul de Gondi (1613-1679) coadjutor, e depois Arcebispo de Paris e Cardeal de Retz ter ganho um lugar na história das ideias políticas?
Retz entrou na história pela sua actuação no tempo da Fronda, a revolta contra a monarquia francesa, entregue então às mãos manipuladoras do Cardeal Mazarino. Eram tempos novos, de ruptura com a velha ordem. Está a terminar a harmonia medieval das autoridades difusas. E cada autoridade política quer definir os seus poderes, se possível por escrito. Era a revolução de Cromwell em Inglaterra, e as revoltas contra os reis Áustrias, das quais a única com sucesso foi a revolução de 1640 em Portugal. Richelieu morreu em 1642. Em 1647 o Parlamento de Paris recusou um édito de Mazarino. O crescimento da autoridade do estado e os problemas financeiros são os mesmos por toda a parte. E de um modo geral, vai falhar em toda a Europa a tentativa de estabelecer a monarquia limitada.
Retz é o conspirador que defende a velha monarquia limitada, apoiado no Parlamento de Paris. Este tinha o poder de aprovar as ordenações régias de natureza legislativa e financeira, a fim de adquirirem a força de lei. Era composto por cerca de 200 membros que formavam a cabeça de um corpo de 40 mil funcionários que reunia a magistratura judicial e financeira de toda a França. Organizadas em Câmaras mas reunindo em plenário para aprovação de assuntos de Estado, eram as cabeças das 40 mil famílias que representavam a França comercial e industrial.
Segundo Retz, a monarquia assentava num equilíbrio entre vários poderes, sendo virtuoso que os poderes do rei não estivessem fixados por escrito. Era uma monarquia temperada pelos costumes dos Estados Gerais e dos Parlamentos, uma monarquia que navegava entre a prepotência régia e a libertinagem popular. O “mistério do estado”, as prerrogativas do rei, não deviam ser rompidas. Não deviam , mas estavam a ser.
A teoria da conspiração de Retz assenta na criação de poder político através da imaginação. O poder do Parlamento, diz, assenta na imaginação: “Eles podem fazer o que acreditam que podem fazer, chegados a um certo ponto”. Contudo, a imaginação não trabalha por si própria; requer esforço e há um longo caminho a percorrer “ desde a veleidade à vontade, da vontade à resolução, da resolução ``a escolha de meios, da escolha de meios à sua aplicação”.
Se a imaginação se apoiar em acção pode ser fonte de sucesso. Neste sentido, Retz é o primeiro conspirador moderno, o agitador profissional que aprecia as jogadas políticas e as desenvolve como uma arte da manobra: “Acredito firmemente que são necessárias maiores qualidades para ser um bom chefe de partido (chef de parti) do que para ser um bom imperador”.
Sunday, April 13, 2008
a voz portalegrense
Chamada de Atenção para A Voz Portalegrense, de Mário Casa Nova Martins , um excelente blog de actualidade cultural e política, irradiando do Alentejo
a voz portalegrense
Chamada de Atenção para A Voz Portalegrense, de Mário Casa Nova Martins , um excelente blog de actualidade cultural e política, irradiando do Alentejo
Thursday, April 10, 2008
Cinefamily vs. The Steve Allen Theater
L.A.'s excellent repertory and specialty moviegoing opportunities are approaching supernova
status. We've had the Egyptian Theatre, LACMA, UCLA and the New Beverly for quite a while, and not too long ago, the American Cinematheque expanded from the Egyptian by adding the Aero Theatre on the West side. But now Cinefamily has come into existence at the Silent Movie Theatre, with a full slate of programming equal in volume and perhaps even exceeding (at least in these early months) in imagination to the Egyptian. Having been at my share of sparsely attended esoteric screenings, can the city really absorb and keep afloat
this many amazing screening venues?

With my head nearly ready to explode already, I then noticed signs at my local coffee shop advertising a fairly aggressive slate of films at... The Steve Allen Theater. Yet another repertory film venue in L.A.?!? I can't believe it. I am not certain they are attempting to become a regular screening venue, but it seems like it, since they have a "Mystery Movies" program every Sunday at 9:00 p.m. for just five bucks.
The other indication, and the highlight for me, is their upcoming "Cronenberg Retrospective", which starts this Saturday April 12 at 8:00 p.m with a 20th anniversary screening of the essential Dead Ringers (1988). And it's free admission! (The rest of the series is eight bucks a pop.) Here's the rest of the schedule:
April 19 - Scanners
April 26 - Videodrome
May 3 - The Fly
May 10 - Naked Lunch
May 17 - Crash
May 24 - Existenz
May 31 - Spider (closing night) with the American premiere of his latest short film "At the suicide of the last Jew in the world in the last cinema in the world." (It's actually his segment from the multi-director film you'll find at the link.)
In any case, back to the real behemoth on the scene, the Cinefamily. If you didn't already know, in addition to the traditional single tickets available for any show, you can alternatively buy a membership for just $25 a month, which entitles you to attend unlimited screenings. With the
regular price being $10 a show, you only have to see three films in a month and your membership has paid for itself. But with their extremely aggressive and amazing screening schedule (there are a lot of separate admission double features you could sit through), you could put your mind to it and easily see 10 or, heck, even 20 films in a month—a $200 value!! And what's more, there are often surprises in store. I went to see Dennis Hopper's The Last Movie, and Dennis Hopper attended, holding an impromptu Q&A after.
I also commend them for maintaining a highly committed silent film slate as well, given the historic venue. They've been doing Russian silents recently, and this weekend they are hosting the world premiere digital restoration of Abel Gance's almost five-hour La Roue (1923), a film which I'd only seen in a two-hour very rough VHS version. So, if you live anywhere close to the Silent Movie Theatre, you really have no excuse but to pony up $25 and at least try it for one month and gorge yourself on the awesome cinema there. The only thing that gives me pause is, with such an outstanding slate of film offerings all over the city (e.g., the Egyptian is just starting its reliably entertaining 10th Annual Festival of Film Noir!!), how can one commit to only a single L.A. theater?!

In all this excitement, don't forget the Dante's Inferno festival at the New Beverly Cinema, where film director Joe Dante is programming the theater with his favorites for a special run, with several significant in-person appearances. (Thanks to Dennis at Sergio Leone and the Infield Fly Rule for making me aware of this in his post here.)
Basically, I'm saying it's all amazing, and you must go see everything. Sorry, there are no excuses. The filmgoing opportunities here in L.A. have always been outstanding the whole 10 years I've lived here, but they have now reached a fever pitch level that we may never see the like of again. As always, check my sidebar of L.A. Film Calendars to plan your week's moviegoing schedule for maximum participation and enjoyment.


With my head nearly ready to explode already, I then noticed signs at my local coffee shop advertising a fairly aggressive slate of films at... The Steve Allen Theater. Yet another repertory film venue in L.A.?!? I can't believe it. I am not certain they are attempting to become a regular screening venue, but it seems like it, since they have a "Mystery Movies" program every Sunday at 9:00 p.m. for just five bucks.

April 19 - Scanners
April 26 - Videodrome
May 3 - The Fly
May 10 - Naked Lunch
May 17 - Crash
May 24 - Existenz
May 31 - Spider (closing night) with the American premiere of his latest short film "At the suicide of the last Jew in the world in the last cinema in the world." (It's actually his segment from the multi-director film you'll find at the link.)
In any case, back to the real behemoth on the scene, the Cinefamily. If you didn't already know, in addition to the traditional single tickets available for any show, you can alternatively buy a membership for just $25 a month, which entitles you to attend unlimited screenings. With the

I also commend them for maintaining a highly committed silent film slate as well, given the historic venue. They've been doing Russian silents recently, and this weekend they are hosting the world premiere digital restoration of Abel Gance's almost five-hour La Roue (1923), a film which I'd only seen in a two-hour very rough VHS version. So, if you live anywhere close to the Silent Movie Theatre, you really have no excuse but to pony up $25 and at least try it for one month and gorge yourself on the awesome cinema there. The only thing that gives me pause is, with such an outstanding slate of film offerings all over the city (e.g., the Egyptian is just starting its reliably entertaining 10th Annual Festival of Film Noir!!), how can one commit to only a single L.A. theater?!

In all this excitement, don't forget the Dante's Inferno festival at the New Beverly Cinema, where film director Joe Dante is programming the theater with his favorites for a special run, with several significant in-person appearances. (Thanks to Dennis at Sergio Leone and the Infield Fly Rule for making me aware of this in his post here.)
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Tuesday, April 8, 2008
Coragem e Solidariedade
Posso não gostar de touradas mas gosto da Coragem e Solidariedade dos Forcados
Coragem e Solidariedade
Posso não gostar de touradas mas gosto da Coragem e Solidariedade dos Forcados
Friday, April 4, 2008
Dennis Hopper's The Last Movie (1971)

Sorry for the late announcement, but tonight only, Dennis Hopper's The Last Movie (1971) will be screening at the Silent Movie Theatre (aka Cinefamily) at two showings, 7:30 p.m. and 10:00 p.m.
Click here for info. (No, it's not a silent movie.)
Directed by Dennis Hopper just after Easy Rider (1969), this time Hopper directs alone without collaboration from Peter Fonda. The result is a masterpiece of that American '70s-style filmmaking that flourished during a decade when the influence of the French and Japanese New Waves (and American cultural changes) had pushed American film to its peak of free-spirit artistic creativity. It ranks up there with the better known Zabriskie Point (1970, Michelangelo Antonioni) as one of the best films to come out of this amazing decade, and shares some of the free-spirit '70s DNA of Zabriskie. For me, it far outstrips Easy Rider as a work of art.
This is definitely not to be missed!
Thursday, April 3, 2008
IV- (Re)leituras. A Paixão, de Mel Gibson, por André Bandeira
"A Paixão", do realizador e actor australiano Mel Gibson tem alguns truques conhecidos. O uso, porventura das línguas originais, a caracterização dos legionários romanos como alguns lúbricos solteirões italianos, a possível piedade da mulher de Pilatos por Nossa Senhora e Maria Madalena, o grande traço que Jesus desenha na areia durante o episódio da condenação da mulher adúltera, a exclusão de Barrabás, os dois ladrões demasiado caracterizados, o Diabo como uma bruxa irlandesa e seu filho careca. O costume é dizer que Mel Gibson está cheio de referências àquelas coisas que algumas seitas preferem acrescentar ao Evangelho.
É possível que sim. Mas, por trás dos efeitos especiais, há o traço pessoal de Mel Gibson. O traço pessoal de Mel Gibson está na caracterização de um Jesus fisicamente forte, de um Jesus que parece desses australianos que bebem até cair, aos fins-de-semana, na Austrália, que vê tudo ao contrário quando é arrastado (sendo que faz parte do "ver ao contrário", recordar-se dos episódios da Sua Vida), que consegue sobreviver a todos os golpes até enfrentar a Morte. O desespero do Diabo passa-se num deserto sêco como o da Austrália, o desespero de Judas passa-se ao pé de um cadáver de cavalo, como os limites da colonização anglo-saxónica no deserto aborígene.
O plano da ressurreição de Jesus é bonito até se O ver sair, ao nível das pernas, da sepultura, no plano final. Há nisto tudo muito de um Mel Gibson idolatrado pelas mulheres, conhecido pela sua timidez irreparável ( Mel Gibson -- que é famoso pela candidez das suas declarações -- casou-se apenas graças a uma Agência, tendo sempre repetido que era incapaz de falar a uma mulher de quem gostasse), envolvido quando era mais novo em tareias de bar monumentais e finalmente nu, num leito de pedra.
E agora, por trás de todas estas marcas pessoais, que demonstram o Cristo que há em nós e também em Mel Gibson, o filme "a Paixão" não deixa de nos recordar, a uma segunda leitura, que para além dos que as palavras significam num texto, há uma condição comum a todos nós que é aquela da Paixão de Jesus. Por isso, para além de tudo aquilo que um filme de um ano deixará evaporar-se no éter, há uma mensagem bem humana, sobretudo naquele "flashback" ao Sermão da Montanha em que Jesus diz que "ao contrário, eu digo-vos que rezeis pelos vossos perseguidores", porque de outro modo "não haveria nenhum mérito". O possível para os Homens, o impossível para Deus.
É possível que sim. Mas, por trás dos efeitos especiais, há o traço pessoal de Mel Gibson. O traço pessoal de Mel Gibson está na caracterização de um Jesus fisicamente forte, de um Jesus que parece desses australianos que bebem até cair, aos fins-de-semana, na Austrália, que vê tudo ao contrário quando é arrastado (sendo que faz parte do "ver ao contrário", recordar-se dos episódios da Sua Vida), que consegue sobreviver a todos os golpes até enfrentar a Morte. O desespero do Diabo passa-se num deserto sêco como o da Austrália, o desespero de Judas passa-se ao pé de um cadáver de cavalo, como os limites da colonização anglo-saxónica no deserto aborígene.
O plano da ressurreição de Jesus é bonito até se O ver sair, ao nível das pernas, da sepultura, no plano final. Há nisto tudo muito de um Mel Gibson idolatrado pelas mulheres, conhecido pela sua timidez irreparável ( Mel Gibson -- que é famoso pela candidez das suas declarações -- casou-se apenas graças a uma Agência, tendo sempre repetido que era incapaz de falar a uma mulher de quem gostasse), envolvido quando era mais novo em tareias de bar monumentais e finalmente nu, num leito de pedra.
E agora, por trás de todas estas marcas pessoais, que demonstram o Cristo que há em nós e também em Mel Gibson, o filme "a Paixão" não deixa de nos recordar, a uma segunda leitura, que para além dos que as palavras significam num texto, há uma condição comum a todos nós que é aquela da Paixão de Jesus. Por isso, para além de tudo aquilo que um filme de um ano deixará evaporar-se no éter, há uma mensagem bem humana, sobretudo naquele "flashback" ao Sermão da Montanha em que Jesus diz que "ao contrário, eu digo-vos que rezeis pelos vossos perseguidores", porque de outro modo "não haveria nenhum mérito". O possível para os Homens, o impossível para Deus.
IV- (Re)leituras. A Paixão, de Mel Gibson, por André Bandeira
"A Paixão", do realizador e actor australiano Mel Gibson tem alguns truques conhecidos. O uso, porventura das línguas originais, a caracterização dos legionários romanos como alguns lúbricos solteirões italianos, a possível piedade da mulher de Pilatos por Nossa Senhora e Maria Madalena, o grande traço que Jesus desenha na areia durante o episódio da condenação da mulher adúltera, a exclusão de Barrabás, os dois ladrões demasiado caracterizados, o Diabo como uma bruxa irlandesa e seu filho careca. O costume é dizer que Mel Gibson está cheio de referências àquelas coisas que algumas seitas preferem acrescentar ao Evangelho.
É possível que sim. Mas, por trás dos efeitos especiais, há o traço pessoal de Mel Gibson. O traço pessoal de Mel Gibson está na caracterização de um Jesus fisicamente forte, de um Jesus que parece desses australianos que bebem até cair, aos fins-de-semana, na Austrália, que vê tudo ao contrário quando é arrastado (sendo que faz parte do "ver ao contrário", recordar-se dos episódios da Sua Vida), que consegue sobreviver a todos os golpes até enfrentar a Morte. O desespero do Diabo passa-se num deserto sêco como o da Austrália, o desespero de Judas passa-se ao pé de um cadáver de cavalo, como os limites da colonização anglo-saxónica no deserto aborígene.
O plano da ressurreição de Jesus é bonito até se O ver sair, ao nível das pernas, da sepultura, no plano final. Há nisto tudo muito de um Mel Gibson idolatrado pelas mulheres, conhecido pela sua timidez irreparável ( Mel Gibson -- que é famoso pela candidez das suas declarações -- casou-se apenas graças a uma Agência, tendo sempre repetido que era incapaz de falar a uma mulher de quem gostasse), envolvido quando era mais novo em tareias de bar monumentais e finalmente nu, num leito de pedra.
E agora, por trás de todas estas marcas pessoais, que demonstram o Cristo que há em nós e também em Mel Gibson, o filme "a Paixão" não deixa de nos recordar, a uma segunda leitura, que para além dos que as palavras significam num texto, há uma condição comum a todos nós que é aquela da Paixão de Jesus. Por isso, para além de tudo aquilo que um filme de um ano deixará evaporar-se no éter, há uma mensagem bem humana, sobretudo naquele "flashback" ao Sermão da Montanha em que Jesus diz que "ao contrário, eu digo-vos que rezeis pelos vossos perseguidores", porque de outro modo "não haveria nenhum mérito". O possível para os Homens, o impossível para Deus.
É possível que sim. Mas, por trás dos efeitos especiais, há o traço pessoal de Mel Gibson. O traço pessoal de Mel Gibson está na caracterização de um Jesus fisicamente forte, de um Jesus que parece desses australianos que bebem até cair, aos fins-de-semana, na Austrália, que vê tudo ao contrário quando é arrastado (sendo que faz parte do "ver ao contrário", recordar-se dos episódios da Sua Vida), que consegue sobreviver a todos os golpes até enfrentar a Morte. O desespero do Diabo passa-se num deserto sêco como o da Austrália, o desespero de Judas passa-se ao pé de um cadáver de cavalo, como os limites da colonização anglo-saxónica no deserto aborígene.
O plano da ressurreição de Jesus é bonito até se O ver sair, ao nível das pernas, da sepultura, no plano final. Há nisto tudo muito de um Mel Gibson idolatrado pelas mulheres, conhecido pela sua timidez irreparável ( Mel Gibson -- que é famoso pela candidez das suas declarações -- casou-se apenas graças a uma Agência, tendo sempre repetido que era incapaz de falar a uma mulher de quem gostasse), envolvido quando era mais novo em tareias de bar monumentais e finalmente nu, num leito de pedra.
E agora, por trás de todas estas marcas pessoais, que demonstram o Cristo que há em nós e também em Mel Gibson, o filme "a Paixão" não deixa de nos recordar, a uma segunda leitura, que para além dos que as palavras significam num texto, há uma condição comum a todos nós que é aquela da Paixão de Jesus. Por isso, para além de tudo aquilo que um filme de um ano deixará evaporar-se no éter, há uma mensagem bem humana, sobretudo naquele "flashback" ao Sermão da Montanha em que Jesus diz que "ao contrário, eu digo-vos que rezeis pelos vossos perseguidores", porque de outro modo "não haveria nenhum mérito". O possível para os Homens, o impossível para Deus.
Wednesday, April 2, 2008
Uma carta à América

David Boren, actual presidente da Universidade de Oklahoma, e ex senador e, governador acaba de publicar Carta à América, com 112 páginas para responder à pergunta, "Durante quanto tempo podem os EUA permanecer o super poder mundial?" e para que os americanos não se tornem em " nação de especialistas bárbaros."
Embora optimista, Boren acha que os problemas só podem ser resolvidos se desaparecer o partidarismo que domina a vida política americana. Tempos houve em que dominava o bipartidismo de Arthur Vanderburg e Mike Mansfield .
Actualmente, somente quatro ou cinco senadores em cada partido são moderados num total de 100. E há o cinismo crescente do público.
Em 1976 o custo da campanha presidencial era $67 milhões. Em 2000 era de $344 milhões e, em 2004, $718 milhões. O custo médio de uma campanha para Representante era de $53.000 em 1974, e de $773.000 em 2004. O custo médio de uma campanha para senador era de $437.000 em 1974 e $5.4 milhões em 2004. E os candidatos recebem mais de metade do dinheiro dos comités de acção política (PACs). O livro contém outras observações sobre o déficit, a instrução, a política externa, a classe média, o ambiente e a necessidade de conhecimento da história
Em 1976 o custo da campanha presidencial era $67 milhões. Em 2000 era de $344 milhões e, em 2004, $718 milhões. O custo médio de uma campanha para Representante era de $53.000 em 1974, e de $773.000 em 2004. O custo médio de uma campanha para senador era de $437.000 em 1974 e $5.4 milhões em 2004. E os candidatos recebem mais de metade do dinheiro dos comités de acção política (PACs). O livro contém outras observações sobre o déficit, a instrução, a política externa, a classe média, o ambiente e a necessidade de conhecimento da história
Uma carta à América

David Boren, actual presidente da Universidade de Oklahoma, e ex senador e, governador acaba de publicar Carta à América, com 112 páginas para responder à pergunta, "Durante quanto tempo podem os EUA permanecer o super poder mundial?" e para que os americanos não se tornem em " nação de especialistas bárbaros."
Embora optimista, Boren acha que os problemas só podem ser resolvidos se desaparecer o partidarismo que domina a vida política americana. Tempos houve em que dominava o bipartidismo de Arthur Vanderburg e Mike Mansfield .
Actualmente, somente quatro ou cinco senadores em cada partido são moderados num total de 100. E há o cinismo crescente do público.
Em 1976 o custo da campanha presidencial era $67 milhões. Em 2000 era de $344 milhões e, em 2004, $718 milhões. O custo médio de uma campanha para Representante era de $53.000 em 1974, e de $773.000 em 2004. O custo médio de uma campanha para senador era de $437.000 em 1974 e $5.4 milhões em 2004. E os candidatos recebem mais de metade do dinheiro dos comités de acção política (PACs). O livro contém outras observações sobre o déficit, a instrução, a política externa, a classe média, o ambiente e a necessidade de conhecimento da história
Em 1976 o custo da campanha presidencial era $67 milhões. Em 2000 era de $344 milhões e, em 2004, $718 milhões. O custo médio de uma campanha para Representante era de $53.000 em 1974, e de $773.000 em 2004. O custo médio de uma campanha para senador era de $437.000 em 1974 e $5.4 milhões em 2004. E os candidatos recebem mais de metade do dinheiro dos comités de acção política (PACs). O livro contém outras observações sobre o déficit, a instrução, a política externa, a classe média, o ambiente e a necessidade de conhecimento da história
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