Monday, December 31, 2007

Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado...!

Final do "Manifesto Anti-Dantas", de José de Almada Negreiros, dito por Mário Viegas....
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Portugal tem de ser qualquer coisa de asseado...!

Final do "Manifesto Anti-Dantas", de José de Almada Negreiros, dito por Mário Viegas....
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Saturday, December 29, 2007

Merci, Président Sarkozy!

Nicholas Sarkozy, a 20 de Dezembro, em Roma, perante o papa Bento XVI apresentou como visão da «laicidade positiva», que a França não tem o direito de cortar as raízes cristãs. Um presidente francês a ser empossado como «cónego de honra» de São João de Latrão, título concedido aos reis de França desde 1593, parece uma revolução cultural. Mas é ainda mais do que isso. É um sinal de paz social dos não-crentes com moderação que exige um idêntico sinal dos crentes com moderação.
Eu achava grave que o defunto Tratado Constitucional Europeu não invocasse Deus num preâmbulo sobre as raízes da Europa. Mas se o nome de Deus não estava lá ( como não está no Tratado de Lisboa) a culpa deve ser repartida entre as elites agnósticas europeias – do tipo Giscard d’Estaing - e os “cristianistas” – do tipo fundamentalista católico - que invocam Deus em vão e assim desqualificam o ser cristão.A distinção entre um “cristianista” e um cristão é que um quer injectar religião na vida política e o outro respeita a separação entre Deus e César.
È bem evidente que o apoio a políticas públicas pode surgir de razões religiosas. Mas numa sociedade secular, os argumentos apresentados em público, não devem depender nem invocar verdades religiosas. A cidadania em democracia pluralista exige traduzir as convicções religiosas em argumentos morais que podem persuadir pessoas sem fé ou com fé.
Em países como os EUA, a tendência é para vir ao de cima o fundamentalismo dos "cristianistas" o que é mau. Em Portugal, predomina sobretudo a “paz podre”; não há ateus extremistas a proibir que as convicções políticas pessoais sejam informadas pela fé religiosa; o que existe é falta de testemunhos sobre a origem moral das nossas convicções políticas e ausência de debate entre as raízes culturais e religiosas das respectivas posições políticas. Donde, o debate na comunicação social estar tristemente entregue aos "técnicos" dos resultados, sem nunca serem chamado os "especialistas" das causas. O público é esperto: avalia os "técnicos" como porta-vozes de interesses particulares; e normalmente são mesmo porque o debate mais profundo não se realiza.
Pessoalmente, eu tenho consciência que a minha oposição absoluta à tortura, ou o meu empenho na justiça social, parea citar duas questões chave, tem raízes no Cristianismo. São convicções que resultam da minha fé católica, que se aprende como uma atitude e uma cultura e cujos frutos não dependem da hierarquia. Acredito na dignidade inerente de todos os seres humanos como reflexo da vontade de Deus revelado em Jesus Cristo. Mas é muito evidente que outros opositores à tortura e outros defensores da justiça social não foram crentes, como por exemplo Albert Camus e George Orwell, cujo sentido moral, alias, eclipsa o de muitos cristãos e de todos os “cristianistas”.
O debate político não pode depender do recurso a argumentos religiosos. Em política, um cristão não se dirije a cristãos, mas a cidadãos. Pode e deve usar argumentos históricos, jurídicos, constitutionais, morais, estratégicos, económicos, argumentos sobre a história portuguesa, europeia e ocidental. O que não pode é dizer "Sou cristão, portanto tenho razão". Como outros não podem dizer: "O cristianismo é uma parvoíce, portanto tenho razão".
Por isso “Merci, Président Sarkozy” pelo exemplo de moderação que deu e que sacode a paz podre e o fundamentalismo que nos atormentam.

Merci, Président Sarkozy!

Nicholas Sarkozy, a 20 de Dezembro, em Roma, perante o papa Bento XVI apresentou como visão da «laicidade positiva», que a França não tem o direito de cortar as raízes cristãs. Um presidente francês a ser empossado como «cónego de honra» de São João de Latrão, título concedido aos reis de França desde 1593, parece uma revolução cultural. Mas é ainda mais do que isso. É um sinal de paz social dos não-crentes com moderação que exige um idêntico sinal dos crentes com moderação.
Eu achava grave que o defunto Tratado Constitucional Europeu não invocasse Deus num preâmbulo sobre as raízes da Europa. Mas se o nome de Deus não estava lá ( como não está no Tratado de Lisboa) a culpa deve ser repartida entre as elites agnósticas europeias – do tipo Giscard d’Estaing - e os “cristianistas” – do tipo fundamentalista católico - que invocam Deus em vão e assim desqualificam o ser cristão.A distinção entre um “cristianista” e um cristão é que um quer injectar religião na vida política e o outro respeita a separação entre Deus e César.
È bem evidente que o apoio a políticas públicas pode surgir de razões religiosas. Mas numa sociedade secular, os argumentos apresentados em público, não devem depender nem invocar verdades religiosas. A cidadania em democracia pluralista exige traduzir as convicções religiosas em argumentos morais que podem persuadir pessoas sem fé ou com fé.
Em países como os EUA, a tendência é para vir ao de cima o fundamentalismo dos "cristianistas" o que é mau. Em Portugal, predomina sobretudo a “paz podre”; não há ateus extremistas a proibir que as convicções políticas pessoais sejam informadas pela fé religiosa; o que existe é falta de testemunhos sobre a origem moral das nossas convicções políticas e ausência de debate entre as raízes culturais e religiosas das respectivas posições políticas. Donde, o debate na comunicação social estar tristemente entregue aos "técnicos" dos resultados, sem nunca serem chamado os "especialistas" das causas. O público é esperto: avalia os "técnicos" como porta-vozes de interesses particulares; e normalmente são mesmo porque o debate mais profundo não se realiza.
Pessoalmente, eu tenho consciência que a minha oposição absoluta à tortura, ou o meu empenho na justiça social, parea citar duas questões chave, tem raízes no Cristianismo. São convicções que resultam da minha fé católica, que se aprende como uma atitude e uma cultura e cujos frutos não dependem da hierarquia. Acredito na dignidade inerente de todos os seres humanos como reflexo da vontade de Deus revelado em Jesus Cristo. Mas é muito evidente que outros opositores à tortura e outros defensores da justiça social não foram crentes, como por exemplo Albert Camus e George Orwell, cujo sentido moral, alias, eclipsa o de muitos cristãos e de todos os “cristianistas”.
O debate político não pode depender do recurso a argumentos religiosos. Em política, um cristão não se dirije a cristãos, mas a cidadãos. Pode e deve usar argumentos históricos, jurídicos, constitutionais, morais, estratégicos, económicos, argumentos sobre a história portuguesa, europeia e ocidental. O que não pode é dizer "Sou cristão, portanto tenho razão". Como outros não podem dizer: "O cristianismo é uma parvoíce, portanto tenho razão".
Por isso “Merci, Président Sarkozy” pelo exemplo de moderação que deu e que sacode a paz podre e o fundamentalismo que nos atormentam.

Thursday, December 27, 2007

Yasuzo Masumura's Black Test Car (1962)

"In 1996, 84-year-old Michelangelo Antonioni left his sick bed to attend the 10-day retrospective of Masumura’s films in Rome. Antonioni told reporters that Masumura had always been one of his personal favorites among world-class directors." (from the Fantoma DVD bio).

If you're a film buff, you should have heard of Yasuzo Masumura by now. If you're a Criterion Collection fan, you should have heard of Fantoma DVD.

Fantoma DVD presents films with a level of quality and care (and extras) that consistently match Criterion's.

Yasuzo Masumura is a Japanese director from the same era as Seijun Suzuki and has in common his personal artistic approach to genre pictures.
While Criterion (and their cousin Home Vision Entertainment) have championed Seijun Suzuki's films, releasing many on DVD, it is Fantoma that has championed the equally deserving Yasuzo Masumura, lavishing as much care on the releases of his films as Criterion has on Suzuki's.

Already a big fan of Masumura, I was excited to find a new Fantoma release of yet another Yasuzo Masumura film, Black Test Car (1962). Happily it's on Netflix, and I've already queued it up. So far I had seen all of Fantoma's Masumura films. I think Afraid to Die (1960) is the place to start, and if I haven't enticed you on Masumura, it features a lead-role performance by Yukio Mishima!

For me Red Angel (1966) would be up next, an incredible World War II film. After that I like Manji (1964), Giants & Toys (1958) (not quite as amazing as its fantastic premise, but still well worth watching) and finally Blind Beast (1969).

For the uninitiated, I highly
recommend taking the Masumura/Fantoma leap now and rushing to watch Black Test Car with me, or start with one of the others! You can't go wrong.




















Wednesday, December 26, 2007

Who is Louis de Funès?



















If you've ever found yourself wondering, "Who is Louis de Funès?", watching this video will answer the question pretty definitively:

(No subtitles, but he's pretty mesmerizing even if you don't know a word of French!)

http://www.youtube.com/watch?v=LZzgEwzYWfM

Defenderemos o que é nosso

Ora aqui está um homem que sabe o que faz: Dragoslav Bokan sabe que o futuro do Kosovo está em jogo e pediu a ajuda dos grandes estadistas ocidentais, já mortos numa campoanha lançada pelo o governo sérvio
São outdoors com as imagens de Washington, Lincoln, Kennedy, Churchill e de Gaulle que afirmam "Kosovo é Serbia!" Ao lado dos retratos . excertos dos discursos. Os países ocidentais suportam a independência de Kosovo. Mas como disse Churchill, " defenderemos o que é nosso; nunca nos renderemos." Washington diz: "o tempo está próximo em que escolheremos se queremos ser homens livres ou escravos."
Dragoslav Bokan, director da agência de imagem que fez a campanha do poster afirma que está a lembrar os políticos ocidentais que afirmam o direito de defender a pátria"
Os EUA e a UE acreditam que a administração da ONU no Kosovo, desde 1999, deve ser substituída pelos estado independente dos albaneses étnicos, que são 90% da população. A UE aprovou uma missão para o estado de Kosovohe. Kostunica acusou a UE de criar "um estado fantoche" no solo da Sérvia.
está fazendo a Serbia? Os conselheiros do governo da Sérvia dizem que não faz sentido o país reunir-se à UE que a quer amputar de um território. A retórica pró- Rússia tem aumentado e os laços com a Rússia, são a religião cristã ortodoxa e uma aliança militar de dois séculos, Mas no séc. XXI os Sérvios jogam no futebol da Europa e no basquetebol dos EUA. A campanha do poster, lembra que são Europeus. "O governo não fará a Guerra pelo Kosovo, mas pensa que se pode ser bom europeu e protestar."
A Serbia procura força na sua história de nação cercada pelos inimigos,. A batalha mais comemorada da Sérvia é uma derrota perante os turcos no Kosovo; A raiva sérvia o “inat” existe mesmo. Perder uma batalha não é perder a Guerra. Ou, nas palavras de Kennedy no outdoor "Cumprir o dever - apesar das consequências pessoais, apesar dos obstáculos e dos perigos, e das pressões - é a base da moral humana”

Defenderemos o que é nosso

Ora aqui está um homem que sabe o que faz: Dragoslav Bokan sabe que o futuro do Kosovo está em jogo e pediu a ajuda dos grandes estadistas ocidentais, já mortos numa campoanha lançada pelo o governo sérvio
São outdoors com as imagens de Washington, Lincoln, Kennedy, Churchill e de Gaulle que afirmam "Kosovo é Serbia!" Ao lado dos retratos . excertos dos discursos. Os países ocidentais suportam a independência de Kosovo. Mas como disse Churchill, " defenderemos o que é nosso; nunca nos renderemos." Washington diz: "o tempo está próximo em que escolheremos se queremos ser homens livres ou escravos."
Dragoslav Bokan, director da agência de imagem que fez a campanha do poster afirma que está a lembrar os políticos ocidentais que afirmam o direito de defender a pátria"
Os EUA e a UE acreditam que a administração da ONU no Kosovo, desde 1999, deve ser substituída pelos estado independente dos albaneses étnicos, que são 90% da população. A UE aprovou uma missão para o estado de Kosovohe. Kostunica acusou a UE de criar "um estado fantoche" no solo da Sérvia.
está fazendo a Serbia? Os conselheiros do governo da Sérvia dizem que não faz sentido o país reunir-se à UE que a quer amputar de um território. A retórica pró- Rússia tem aumentado e os laços com a Rússia, são a religião cristã ortodoxa e uma aliança militar de dois séculos, Mas no séc. XXI os Sérvios jogam no futebol da Europa e no basquetebol dos EUA. A campanha do poster, lembra que são Europeus. "O governo não fará a Guerra pelo Kosovo, mas pensa que se pode ser bom europeu e protestar."
A Serbia procura força na sua história de nação cercada pelos inimigos,. A batalha mais comemorada da Sérvia é uma derrota perante os turcos no Kosovo; A raiva sérvia o “inat” existe mesmo. Perder uma batalha não é perder a Guerra. Ou, nas palavras de Kennedy no outdoor "Cumprir o dever - apesar das consequências pessoais, apesar dos obstáculos e dos perigos, e das pressões - é a base da moral humana”

Monday, December 24, 2007

Merry Xmas from Seijun Suzuki and Jo Shishido!

The trailer for Detective Bureau 2-3: Go to Hell Bastards
(1963, Seijun Suzuki).

Sorry there are no subtitles.



The Xmas tie-in may be flimsy, but it's always a good time to post a Seijun Suzuki trailer, especially from a film with a title this fantastic!

Merry Xmas all!

Wednesday, December 19, 2007

Presentinhos de Natal

José Manuel (Durão) Barroso - Um belo CD com a Música “Vem Devagar Emigrante” de Graciano Saga

Maria de Lurdes Rodrigues - Pau de Marmeleiro com leitor óptico, acessório pedagógico a ser usadodesde o ensino pré-escolar ao pós-universitário,

Luís Filipe Meneses - Uma réplica de um cadeirão de deputado em S. Bento, com a inscrição “nom soô Elitista nem Sulista nem Liberal”

Cavaco Silva - Uma lata de tinta de marca comprovadamente portuguesa para que surja à luz do dia “O Homem Invisível”

Jerónimo de Sousa - Uma edição do livro de Zita Seabra “Foi assim!”, encadernada com a peledos cordeirinhos que os comunistas não comiam ao pequeno almoço

Mário Lino - Uma maquete de aeroporto à escala 1/600 feito em parceria pelo MIT, a Airfix e a Concentra Mattel com a plaquete “Oferta dos Comissários do QREN”

Francisco Louçã - Uma “Bíblia de Jerusalém”, depois de o coordenador do BE ter participado com a Igreja em acções contra a Pobreza

Prémio Extra Internacional George W. Bush - Uma hipoteca sub-prime lançada sobre Camp David e o rancho do Texas

Presentinhos de Natal

José Manuel (Durão) Barroso - Um belo CD com a Música “Vem Devagar Emigrante” de Graciano Saga

Maria de Lurdes Rodrigues - Pau de Marmeleiro com leitor óptico, acessório pedagógico a ser usadodesde o ensino pré-escolar ao pós-universitário,

Luís Filipe Meneses - Uma réplica de um cadeirão de deputado em S. Bento, com a inscrição “nom soô Elitista nem Sulista nem Liberal”

Cavaco Silva - Uma lata de tinta de marca comprovadamente portuguesa para que surja à luz do dia “O Homem Invisível”

Jerónimo de Sousa - Uma edição do livro de Zita Seabra “Foi assim!”, encadernada com a peledos cordeirinhos que os comunistas não comiam ao pequeno almoço

Mário Lino - Uma maquete de aeroporto à escala 1/600 feito em parceria pelo MIT, a Airfix e a Concentra Mattel com a plaquete “Oferta dos Comissários do QREN”

Francisco Louçã - Uma “Bíblia de Jerusalém”, depois de o coordenador do BE ter participado com a Igreja em acções contra a Pobreza

Prémio Extra Internacional George W. Bush - Uma hipoteca sub-prime lançada sobre Camp David e o rancho do Texas

Sunday, December 16, 2007

World Premiere Movie!

My latest short film, "Slap," will have its world premiere on Dennis Cozzalio's Web site:

Sergio Leone and the Infield Fly Rule
http://sergioleoneifr.blogspot.com/

It will premiere at exactly noon (Pacific time) on Monday Dec. 17th.

Please watch it there and leave a comment!

Official announcement on his site here.

A big thanks to Dennis Cozzalio for doing this, and also a big thanks to him for his influence on this site's approach and design (use of pictures, etc.)! I learned a lot about how to write about film on the Internet from watching his blog grow from its infancy.

Thursday, December 13, 2007

ÚLTIMA HORA!


Bestas, mulas e asnos invadiram o Museu dos Coches.
Mais notícias numa TV perto de si.

Wednesday, December 12, 2007

Federalismo é traição! Portugal não perdoa!

No dia 13 de Dezembro, os governantes dos países da União Europeia vão assinar o "Tratado de Lisboa", nome que oculta aquilo que é de facto a Constituição Europeia.
Os nossos governantes, que vão assinar este tratado, sabem perfeitamente que estão a hipotecar a nossa independência nacional e sabem também que se este Tratado fosse explicado ao povo, este chumba-lo-ia em referendo.

Apesar do PNR não defender o referendo numa matéria como esta (uma vez que a Pátria não se negoceia nem vai a votos!), entende que, face à gravidade deste acto consumado, mesmo assim ele é melhor do que a assinatura do Tratado feita nas costas do povo.
Confiamos que o povo português em referendo, diria um claro "Não" à traição que os governantes se preparam para fazer a Portugal.


O PNR é de facto o único partido que se bate pela independência nacional e se opõe frontalmente à Constituição federalista europeia.
Assim o PNR vai protestar contra este embuste às 10.30 horas da manhã, do dia 13 de Dezembro, na esquina da Praça do Império com a Av. da Índia, em frente ao C.C.Belém.
Vem connosco, protestar contra os "federastas" que estão a matar a Nação portuguesa!
Federalismo é traição! Portugal não perdoa!

Sunday, December 9, 2007

Dia Internacional Contra a Corrupção

O Dia Internacional Contra a Corrupção assinala-se hoje, 9 de Dezembro, quando passam quatro anos sobre a proclamação da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção.
Pela resolução 58/4 de 31 de Outubro de 2003, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 9 de Dezembro como Dia Internacional Contra a Corrupção. Portugal, à semelhança da generalidade dos países, ratificou esse instrumento internacional, cujo texto foi publicado no Diário da República de 21 de Setembro.
Em todo o mundo considera-se que partidos, parlamentos, polícia e tribunais são as instituições mais atingidas por uma corrupção generalizada, segundo um relatório da Transparency International (TI), publicado na quinta-feira. De acordo com o documento, 2% dos portugueses inquiridos admitiram ter pago subornos para ter acesso a um serviço.

Dia Internacional Contra a Corrupção

O Dia Internacional Contra a Corrupção assinala-se hoje, 9 de Dezembro, quando passam quatro anos sobre a proclamação da Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção.
Pela resolução 58/4 de 31 de Outubro de 2003, a Assembleia Geral das Nações Unidas proclamou 9 de Dezembro como Dia Internacional Contra a Corrupção. Portugal, à semelhança da generalidade dos países, ratificou esse instrumento internacional, cujo texto foi publicado no Diário da República de 21 de Setembro.
Em todo o mundo considera-se que partidos, parlamentos, polícia e tribunais são as instituições mais atingidas por uma corrupção generalizada, segundo um relatório da Transparency International (TI), publicado na quinta-feira. De acordo com o documento, 2% dos portugueses inquiridos admitiram ter pago subornos para ter acesso a um serviço.

Thursday, December 6, 2007

II (Re)leituras: Ler Schleiermacher, por André Bandeira

Ler "Über die Religion", de Schleiermacher o teólogo protestante que associámos à arte da hermenêutica: a arte de perceber o que é que o outro quer realmente dizer. Neste seu livro, publicado em 1799, quando tinha à volta de trinta anos, Schleiermacher, apela aos indivíduos cultos, aos artistas, aos Criadores do seu tempo romântico, que não percam a noção de Deus nos seus corações. E satisfaz-se com um apelo simples: o de que, onde houver noção de Infinito, há uma presença de Deus e, que portanto, se deixe esse lugar do Infinito estar onde está, mesmo que se não creia. Diz outras coisas extraordinárias, para a sua época ( embora num contexto em que a Prússia só admitia uma Igreja de Estado): que não é mau que haja várias formas de religião, que isso é inevitável e que é bom. Não que não seja má, a inexistência de uma só Igreja mas tudo isso está nas mãos de Deus. Schleiermacher zangou-se com o pai, quando, a certo momento, disse ter perdido a fé na natureza divina de Jesus. Mas recuperou-a, como quem O segue pelo caminho do Mundo, sem desistir. Foi um homem ridículo nos amores. Era demasiado escrupuloso, acreditava na amizade das mulheres que o amavam, não percebia. Acabou por tomar conta duma viúva e do seu filho. Quando morreu, dizem que o enterro foi impressionante, com as milhares de pessoas que o acompanharam. É assim: compreender exactamente o que o Outro quer dizer, andar em círculos entre o que os dicionários magicamente determinaram e o que o coração diz, não faz descobrir nenhuma regra. E a vida dotou Schleiermacher desta contradição, cheia dum Amor intrépido: quando os seus amigos liberais alinhavam para saudar Napoleão, o invasor, Schleiermacher partiu para o campo a incitar o Povo a resistir. Hegel, o pai da URSS e da Alemanha nazi, denunciou-o como resistente. Shleiermacher não foi amado por ninguém e toda a gente o amou.

II (Re)leituras: Ler Schleiermacher, por André Bandeira

Ler "Über die Religion", de Schleiermacher o teólogo protestante que associámos à arte da hermenêutica: a arte de perceber o que é que o outro quer realmente dizer. Neste seu livro, publicado em 1799, quando tinha à volta de trinta anos, Schleiermacher, apela aos indivíduos cultos, aos artistas, aos Criadores do seu tempo romântico, que não percam a noção de Deus nos seus corações. E satisfaz-se com um apelo simples: o de que, onde houver noção de Infinito, há uma presença de Deus e, que portanto, se deixe esse lugar do Infinito estar onde está, mesmo que se não creia. Diz outras coisas extraordinárias, para a sua época ( embora num contexto em que a Prússia só admitia uma Igreja de Estado): que não é mau que haja várias formas de religião, que isso é inevitável e que é bom. Não que não seja má, a inexistência de uma só Igreja mas tudo isso está nas mãos de Deus. Schleiermacher zangou-se com o pai, quando, a certo momento, disse ter perdido a fé na natureza divina de Jesus. Mas recuperou-a, como quem O segue pelo caminho do Mundo, sem desistir. Foi um homem ridículo nos amores. Era demasiado escrupuloso, acreditava na amizade das mulheres que o amavam, não percebia. Acabou por tomar conta duma viúva e do seu filho. Quando morreu, dizem que o enterro foi impressionante, com as milhares de pessoas que o acompanharam. É assim: compreender exactamente o que o Outro quer dizer, andar em círculos entre o que os dicionários magicamente determinaram e o que o coração diz, não faz descobrir nenhuma regra. E a vida dotou Schleiermacher desta contradição, cheia dum Amor intrépido: quando os seus amigos liberais alinhavam para saudar Napoleão, o invasor, Schleiermacher partiu para o campo a incitar o Povo a resistir. Hegel, o pai da URSS e da Alemanha nazi, denunciou-o como resistente. Shleiermacher não foi amado por ninguém e toda a gente o amou.

Saturday, December 1, 2007

Mensagem do 1º de Dezembro de 2007




Dom Duarte de Bragança
(Lei na íntegra em Somosportugueses )
"Há 30 anos iniciei o hábito de comunicar com os Portugueses nos dias 1º de Dezembro. Sei que as minhas mensagens têm sido bem recebidas em todas as esferas da sociedade portuguesa porque nelas chamo a atenção para as prioridades da vida nacional. "
(...)
"Sem uma verdadeira "cultura democrática" de participação das pessoas e de responsabilização dos eleitos perante os eleitores cresce a abstenção e a indiferença e em, momentos de crise das instituições democráticas poderemos vir a ser desafiados pela tentação de aceitar ditador "que nos governe".
A independência nacional é também um compromisso com a democracia....
Foram estas considerações que me levaram a fundar em Agosto deste ano o "Instituto da Democracia Portuguesa", que junta personalidades de sectores políticos e culturais muito diferentes, mas unidos na preocupação de que Portugal seja um País livre e independente, numa Europa unida pelos valores que decorrem das suas raízes culturais e espirituais cristãs, gregas e judaicas.
As iniciativas deste Instituto que se preparam sobre o ordenamento do território nacional contam com o apoio de académicos, empresários, quadros e jovens de todo o país. Espero para elas todo o apoio dos que entendem que chegou a hora de um movimento de cidadania que reúna as pessoas pelo que elas têm de melhor e de participação na vida pública mediante resoluções e propostas concretas sobre o ordenamento, a segurança e estratégia nacional, entre outras."

Mensagem do 1º de Dezembro de 2007




Dom Duarte de Bragança
(Lei na íntegra em Somosportugueses )
"Há 30 anos iniciei o hábito de comunicar com os Portugueses nos dias 1º de Dezembro. Sei que as minhas mensagens têm sido bem recebidas em todas as esferas da sociedade portuguesa porque nelas chamo a atenção para as prioridades da vida nacional. "
(...)
"Sem uma verdadeira "cultura democrática" de participação das pessoas e de responsabilização dos eleitos perante os eleitores cresce a abstenção e a indiferença e em, momentos de crise das instituições democráticas poderemos vir a ser desafiados pela tentação de aceitar ditador "que nos governe".
A independência nacional é também um compromisso com a democracia....
Foram estas considerações que me levaram a fundar em Agosto deste ano o "Instituto da Democracia Portuguesa", que junta personalidades de sectores políticos e culturais muito diferentes, mas unidos na preocupação de que Portugal seja um País livre e independente, numa Europa unida pelos valores que decorrem das suas raízes culturais e espirituais cristãs, gregas e judaicas.
As iniciativas deste Instituto que se preparam sobre o ordenamento do território nacional contam com o apoio de académicos, empresários, quadros e jovens de todo o país. Espero para elas todo o apoio dos que entendem que chegou a hora de um movimento de cidadania que reúna as pessoas pelo que elas têm de melhor e de participação na vida pública mediante resoluções e propostas concretas sobre o ordenamento, a segurança e estratégia nacional, entre outras."

Primeiro de Dezembro, por Pedro Cem

Saudades de Portugal:

1 -- Em Agosto passado desço a Sesimbra. Na camionette de sempre. Vou pela rua, vejo os ciganos de sempre a vender as "t-shirts" Lacoste, falsas certamente. Vejo um cigano jovem que vende a sua mercadoria gesticulando com a mão esquerda e exibindo as camisas sobre seu braço direito, coberto como um estendal. É jovem, não se cansa muito com as conversas. Aguardo a minha vez e vejo uma t-shirt azul, como um Mar de Primavera, que é verde. Digo-lhe então: obrigado por vender estas t-shirts, sempre que venho cá, compro uma ou duas. Ele agradece-me com humildade. As t-shirts caem-lhe do braço direito. Erguido no ar como um punho desolado, como uma mão que implora ao céu sem nunca se abrir, vejo o braço que escondia: não tem mão.

2 - Vou pelo Chiado abaixo. Os ossos todos doem-me. Como um velho, arrasto-me para a esplanada da Brasileira. Ali fico, uns tempos, certamente com o meu ar hollyoodesco, bronzeado, porque tenho os ombros teimosamente largos de anos de desporto de competição, pelos quais estou agora a pagar a factura. A certa altura, um casal vem descendo, o marido, janota, preocupado e sério, ela talvez olhando-me por curiosidade desde o cimo da rua. Sentam-se ao meu lado. Percebo que ela é uma cantora lírica, do Porto, com o sotaque mal disfarçado pelas temporadas lisboetas do S. Carlos. Ele, aprumado no seu ar antigo e lisboeta, com a barba e o cabelo ralo, duma juventude que passou, com a voz um pouco adamada, mas uma seriedade nos assuntos que trata, demonstrando a complexidade desta vida e também o sentido dela. A certa altura, a cantora diz-lhe: "põe a gravata direita, tens o colarinho torto..." e, antes que ele o faça, fá-lo ela. E diz-lhe: Tenho muito orgulho em ti!". Ele estremece. É uma bonita declaração de Amor.

3 -- Tomo o combóio de madrugada, para Lisboa, em romagem aos meus que sofrem. Em Coimbra entra um bando de Mulheres, nos seus quarenta. Parecem como empregadas da limpeza, em fim-de-semana, ou funcionárias administrativas do mais baixo escalão. Vão de férias, que, para elas, são um fim-de-semana, em Lisboa, sem os maridos. Agumas delas não sabem o que isso é. Refere-se uma ao "pai do meu filho", com uma certa doçura que só a pronúncia pura como água, de Coimbra, permite. A conversa delas é, evidentemente, rude. A certa altura, uma diz àquela que se sentou ao meu lado: " Vê lá não adormeças!". Ela responde:"Ah, eu posso dormir já aqui, com este senhor, ao lado".
E rimo-nos. São as férias daquelas pobres mulheres. Um fim-de-semana de Agosto, em Lisboa, para quem mal ganha para comer, mas que ainda se sabe rir.

4 - Vou visitar uma terra da família, no monte, que podia comprar, fazendo um primo menos pobre. Está toda coberta de sarças. Entre moscardos e espinhos, salto de penedo em penedo. O suor jorra-me, sob o Sol. Fico com os espinhos atravessados nas calças. Durante muito tempo os sentirei, sentado em combóios, em táxis, em camionettes. É uma doce sensação que me desperta e me recorda o caminho da terra.

Primeiro de Dezembro, por Pedro Cem

Saudades de Portugal:

1 -- Em Agosto passado desço a Sesimbra. Na camionette de sempre. Vou pela rua, vejo os ciganos de sempre a vender as "t-shirts" Lacoste, falsas certamente. Vejo um cigano jovem que vende a sua mercadoria gesticulando com a mão esquerda e exibindo as camisas sobre seu braço direito, coberto como um estendal. É jovem, não se cansa muito com as conversas. Aguardo a minha vez e vejo uma t-shirt azul, como um Mar de Primavera, que é verde. Digo-lhe então: obrigado por vender estas t-shirts, sempre que venho cá, compro uma ou duas. Ele agradece-me com humildade. As t-shirts caem-lhe do braço direito. Erguido no ar como um punho desolado, como uma mão que implora ao céu sem nunca se abrir, vejo o braço que escondia: não tem mão.

2 - Vou pelo Chiado abaixo. Os ossos todos doem-me. Como um velho, arrasto-me para a esplanada da Brasileira. Ali fico, uns tempos, certamente com o meu ar hollyoodesco, bronzeado, porque tenho os ombros teimosamente largos de anos de desporto de competição, pelos quais estou agora a pagar a factura. A certa altura, um casal vem descendo, o marido, janota, preocupado e sério, ela talvez olhando-me por curiosidade desde o cimo da rua. Sentam-se ao meu lado. Percebo que ela é uma cantora lírica, do Porto, com o sotaque mal disfarçado pelas temporadas lisboetas do S. Carlos. Ele, aprumado no seu ar antigo e lisboeta, com a barba e o cabelo ralo, duma juventude que passou, com a voz um pouco adamada, mas uma seriedade nos assuntos que trata, demonstrando a complexidade desta vida e também o sentido dela. A certa altura, a cantora diz-lhe: "põe a gravata direita, tens o colarinho torto..." e, antes que ele o faça, fá-lo ela. E diz-lhe: Tenho muito orgulho em ti!". Ele estremece. É uma bonita declaração de Amor.

3 -- Tomo o combóio de madrugada, para Lisboa, em romagem aos meus que sofrem. Em Coimbra entra um bando de Mulheres, nos seus quarenta. Parecem como empregadas da limpeza, em fim-de-semana, ou funcionárias administrativas do mais baixo escalão. Vão de férias, que, para elas, são um fim-de-semana, em Lisboa, sem os maridos. Agumas delas não sabem o que isso é. Refere-se uma ao "pai do meu filho", com uma certa doçura que só a pronúncia pura como água, de Coimbra, permite. A conversa delas é, evidentemente, rude. A certa altura, uma diz àquela que se sentou ao meu lado: " Vê lá não adormeças!". Ela responde:"Ah, eu posso dormir já aqui, com este senhor, ao lado".
E rimo-nos. São as férias daquelas pobres mulheres. Um fim-de-semana de Agosto, em Lisboa, para quem mal ganha para comer, mas que ainda se sabe rir.

4 - Vou visitar uma terra da família, no monte, que podia comprar, fazendo um primo menos pobre. Está toda coberta de sarças. Entre moscardos e espinhos, salto de penedo em penedo. O suor jorra-me, sob o Sol. Fico com os espinhos atravessados nas calças. Durante muito tempo os sentirei, sentado em combóios, em táxis, em camionettes. É uma doce sensação que me desperta e me recorda o caminho da terra.

Monday, November 26, 2007


“Celebram-se os 200 anos da transferência da Capital portuguesa e da Corte para o Brasil, acontecimento que salvou a Independência de Portugal, o seu Império colonial e a sua Marinha, numa acção de grande imaginação, audácia e demonstração de capacidade nacional. A localização da Capital no Brasil, com a presença do Rei, Corte e todo um aparelho burocrático e cultural, além de criar um pólo de evolução política, legislativa e social acelerada, permitiu consolidar as fronteiras e a coesão do que viria a ser a Nação Brasileira.”

CONVITE
Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Comissão 200 Anos
Portugal/Brasil, a editora Tribuna da História tem o prazer de convidar V. Exa.
para a cerimónia de lançamento da obra A Transferência da Capital e Corte
para o Brasil 1807-1808, da autoria de Kenneth Light e seis outros autores, que
terá lugar no dia 29 de Novembro, quinta-feira, pelas 17h30m, na Cordoaria
Nacional, Torreão Nascente, em Lisboa.
Após a apresentação da obra, será inaugurada a Exposição “Rio e Lisboa - Construções
de um Império”, a que se seguirá um beberete.

“Celebram-se os 200 anos da transferência da Capital portuguesa e da Corte para o Brasil, acontecimento que salvou a Independência de Portugal, o seu Império colonial e a sua Marinha, numa acção de grande imaginação, audácia e demonstração de capacidade nacional. A localização da Capital no Brasil, com a presença do Rei, Corte e todo um aparelho burocrático e cultural, além de criar um pólo de evolução política, legislativa e social acelerada, permitiu consolidar as fronteiras e a coesão do que viria a ser a Nação Brasileira.”

CONVITE
Com o apoio da Câmara Municipal de Lisboa e da Comissão 200 Anos
Portugal/Brasil, a editora Tribuna da História tem o prazer de convidar V. Exa.
para a cerimónia de lançamento da obra A Transferência da Capital e Corte
para o Brasil 1807-1808, da autoria de Kenneth Light e seis outros autores, que
terá lugar no dia 29 de Novembro, quinta-feira, pelas 17h30m, na Cordoaria
Nacional, Torreão Nascente, em Lisboa.
Após a apresentação da obra, será inaugurada a Exposição “Rio e Lisboa - Construções
de um Império”, a que se seguirá um beberete.

Sunday, November 25, 2007

Instituto da Democracia Portuguesa



O IDP acaba de lançar este espaço na Internet onde manterá todos os interessados actualizados quanto às suas iniciativas. Em breve poderá aceder a várias outras funcionalidades. Mantenha-se atento.Para qualquer questão, consulte a nossa página de contacto
Endereço : http://www.democraciaportuguesa.org/

Instituto da Democracia Portuguesa



O IDP acaba de lançar este espaço na Internet onde manterá todos os interessados actualizados quanto às suas iniciativas. Em breve poderá aceder a várias outras funcionalidades. Mantenha-se atento.Para qualquer questão, consulte a nossa página de contacto
Endereço : http://www.democraciaportuguesa.org/

Irão ao Irão?

A crise económica, cívica e cultural dos USA continua a alastrar. A crise do Capital de Risco nos fundos de hipotecas sobre o imobiliário mostra uma Economia que já não cresce. Isto afecta as economias emergentes da China e da Índia, que irão refrear o crescimento industrial por falta de encomendas dos mercados de consumo do Ocidente. O pico do Petróleo provoca o aumento do preço do barril para valores que dizem serão de 120 dólares lá para meados de 2008. Os EUA têm o maior défice acumulado da sua história. Chris Martenson, em "Os Estados Unidos estão insolventes", refere que só a dívida interna, passivos líquidos combinados, ascende a 403% do PIB, fora a Guerra no Iraque e no Afeganistão, 15% do PIB.
A Economia Norte-americana não gera riqueza para cobrir as despesas cada vez maiores em benefício do Capital Financeiro e da Guerra. Está na falência. E por efeito perverso da Globalização, atinge a Economia Mundial.

A II Guerra Mundial teve efeito devastador sobre a Europa, mas grande vantagem económica para os USA. Os "Senhores do Mundo" para salvar o Sistema Financeiro Mundial da bancarrota, irão buscar pretextos e não faltam belicistas islamitas pra lhes fazer a vontadde. Junta-se a fome com a vontade de comer.

Irão ao Irão?

A crise económica, cívica e cultural dos USA continua a alastrar. A crise do Capital de Risco nos fundos de hipotecas sobre o imobiliário mostra uma Economia que já não cresce. Isto afecta as economias emergentes da China e da Índia, que irão refrear o crescimento industrial por falta de encomendas dos mercados de consumo do Ocidente. O pico do Petróleo provoca o aumento do preço do barril para valores que dizem serão de 120 dólares lá para meados de 2008. Os EUA têm o maior défice acumulado da sua história. Chris Martenson, em "Os Estados Unidos estão insolventes", refere que só a dívida interna, passivos líquidos combinados, ascende a 403% do PIB, fora a Guerra no Iraque e no Afeganistão, 15% do PIB.
A Economia Norte-americana não gera riqueza para cobrir as despesas cada vez maiores em benefício do Capital Financeiro e da Guerra. Está na falência. E por efeito perverso da Globalização, atinge a Economia Mundial.

A II Guerra Mundial teve efeito devastador sobre a Europa, mas grande vantagem económica para os USA. Os "Senhores do Mundo" para salvar o Sistema Financeiro Mundial da bancarrota, irão buscar pretextos e não faltam belicistas islamitas pra lhes fazer a vontadde. Junta-se a fome com a vontade de comer.

Monday, November 19, 2007

Mais uma volta ao parafuso - O país do destino é a Arábia Saudita

Iran leader dismisses US currency

Iranian President Mahmoud Ahmadinejad has suggested an end to the trading of oil in US dollars, calling the currency "a worthless piece of paper".
The call came at the end of a rare Opec summit, and was opposed by US ally Saudi Arabia.
The summit in Saudi Arabia was only Opec's third in 47 years.
a record high of $98.62 a barrel earlier this month
The dollar has weakened considerably against the euro and other currencies in the past 12 months.
However, in the communique Opec did make a reference to the debate, by committing itself to studying "ways and means of enhancing financial co-operation".
Iran's oil minister said that this would allow the formation of a committee to study the dollar's effect on oil prices and investigate the possibility of alternative trading currencies.

Mais uma volta ao parafuso - O país do destino é a Arábia Saudita

Iran leader dismisses US currency

Iranian President Mahmoud Ahmadinejad has suggested an end to the trading of oil in US dollars, calling the currency "a worthless piece of paper".
The call came at the end of a rare Opec summit, and was opposed by US ally Saudi Arabia.
The summit in Saudi Arabia was only Opec's third in 47 years.
a record high of $98.62 a barrel earlier this month
The dollar has weakened considerably against the euro and other currencies in the past 12 months.
However, in the communique Opec did make a reference to the debate, by committing itself to studying "ways and means of enhancing financial co-operation".
Iran's oil minister said that this would allow the formation of a committee to study the dollar's effect on oil prices and investigate the possibility of alternative trading currencies.

Sunday, November 11, 2007

PROFESSORES DAS AEC NÃO RECEBEM

ESTE BLOGUE ESTÁ SOLIDÁRIO COM O POST DO BLOGUE CEGUEIRA LUSA ( e Silêncio Culpado que me enviou o mesmo)QUE TRANSCREVE NA ÍNTEGRA

VERGONHOSO: PROFESSORES DAS AEC NÃO RECEBEM
As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram algo tortas e, como diz a sábia voz do povo, «aquilo que nasce torto, tarde ou mal se endireita». Não querendo tomar a parte pelo todo, não me atrevo, para já, a juntar-me ao exército, que tem visto as suas fileiras engrossarem, daqueles que diabolizam as AEC. Apesar de não ser novidade para ninguém que me conheça que não concordo com o modelo adoptado nem com os objectivos (se é que estes existem) que estas se propões alcançar. Todavia, posso afirmar, convictamente, que este modelo contribui para o empobrecimento dos professores envolvidos no projecto.A trabalharem desde Setembro sem receberem um cêntimo pelos seus serviços é absolutamente inaceitável. Não esqueçamos que estes profissionais trabalham a «Recibo Verde», portanto há uma boa parte do ano em que não recebem coisa alguma. Isto já é preocupante. Pensar que estas pessoas desde Julho que não auferem qualquer vencimento suscita-me algumas questões: Quem paga a renda / prestação da casa? Quem paga a alimentação? Quem paga a água, a luz, o telefone? Como é que se vive assim? Não esqueçamos que muitos têm que se deslocar em transporte próprio para a (s) escola (s) onde leccionam. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática. Parece que os vencimentos estão a ser processados…estavam…estarão…Ninguém sabe ao certo.O que sei é que há gente a vivenciar situações dramáticas. Um amigo disse-me que não sabe se o dinheiro que ainda lhe resta será suficiente para o combustível que lhe permita deslocar-se às várias escolas em que trabalha. Aqui está outra aberração: contratam imensa gente e depois atribuem apenas 12 horas a cada professor, horas distribuídas por distintos locais, obrigando a várias deslocações diárias. Se não expusesse esta situação vergonhosa e lamentável hoje, tenho a sensação de que nem dormiria em paz. Outros há que estão, dado o adiantado da hora, tranquilamente a sonhar com a cabeça na almofada. Enquanto isso, muitos fazem das tripas o coração, encetando majestosos malabarismos, para fazerem face às necessidades básicas do quotidiano.

Que vergonha!!!

PROFESSORES DAS AEC NÃO RECEBEM

ESTE BLOGUE ESTÁ SOLIDÁRIO COM O POST DO BLOGUE CEGUEIRA LUSA ( e Silêncio Culpado que me enviou o mesmo)QUE TRANSCREVE NA ÍNTEGRA

VERGONHOSO: PROFESSORES DAS AEC NÃO RECEBEM
As Actividades de Enriquecimento Curricular (AEC), há quem as designe de Actividades de Empobrecimento Curricular, nasceram algo tortas e, como diz a sábia voz do povo, «aquilo que nasce torto, tarde ou mal se endireita». Não querendo tomar a parte pelo todo, não me atrevo, para já, a juntar-me ao exército, que tem visto as suas fileiras engrossarem, daqueles que diabolizam as AEC. Apesar de não ser novidade para ninguém que me conheça que não concordo com o modelo adoptado nem com os objectivos (se é que estes existem) que estas se propões alcançar. Todavia, posso afirmar, convictamente, que este modelo contribui para o empobrecimento dos professores envolvidos no projecto.A trabalharem desde Setembro sem receberem um cêntimo pelos seus serviços é absolutamente inaceitável. Não esqueçamos que estes profissionais trabalham a «Recibo Verde», portanto há uma boa parte do ano em que não recebem coisa alguma. Isto já é preocupante. Pensar que estas pessoas desde Julho que não auferem qualquer vencimento suscita-me algumas questões: Quem paga a renda / prestação da casa? Quem paga a alimentação? Quem paga a água, a luz, o telefone? Como é que se vive assim? Não esqueçamos que muitos têm que se deslocar em transporte próprio para a (s) escola (s) onde leccionam. Não sei se esta situação se está a passar em todo o país. Em Viseu esta é uma realidade dramática. Parece que os vencimentos estão a ser processados…estavam…estarão…Ninguém sabe ao certo.O que sei é que há gente a vivenciar situações dramáticas. Um amigo disse-me que não sabe se o dinheiro que ainda lhe resta será suficiente para o combustível que lhe permita deslocar-se às várias escolas em que trabalha. Aqui está outra aberração: contratam imensa gente e depois atribuem apenas 12 horas a cada professor, horas distribuídas por distintos locais, obrigando a várias deslocações diárias. Se não expusesse esta situação vergonhosa e lamentável hoje, tenho a sensação de que nem dormiria em paz. Outros há que estão, dado o adiantado da hora, tranquilamente a sonhar com a cabeça na almofada. Enquanto isso, muitos fazem das tripas o coração, encetando majestosos malabarismos, para fazerem face às necessidades básicas do quotidiano.

Que vergonha!!!

Thursday, November 8, 2007

Nada que não fosse anunciado...! O colapso finaceiro americano

Just yesterday, Cheng Siwei, vice-chairman of China's parliament announced that China will shift the country's reserves out of dollar-denominated investments and into the euro and other strong currencies!

Beijing central banker Xu Jian twisted the knife, saying “The dollar is losing its status as the world currency. The U.S. dollar's global currency status is shaky,” he said, “and the creditworthiness of dollar assets is falling.”

And to make matters worse, Xu predicted the dollar would continue to collapse in 2008 — and that $1,000 gold is now a near certainty!

This is devastating news for an already-shaky U.S. dollar. With China’s $1.43 trillion in reserves and a total of more than $7 trillion now in foreign hands — this could very well be the straw that breaks the dollar’s back, unleashing a world-wide torrent of dollar-dumping and a sudden, unprecedented collapse of the greenback.

Just yesterday, Cheng Siwei, vice-chairman of China's parliament announced that China will shift the country's reserves out of dollar-denominated investments and into the euro and other strong currencies!

Beijing central banker Xu Jian twisted the knife, saying “The dollar is losing its status as the world currency. The U.S. dollar's global currency status is shaky,” he said, “and the creditworthiness of dollar assets is falling.”

And to make matters worse, Xu predicted the dollar would continue to collapse in 2008 — and that $1,000 gold is now a near certainty!

This is devastating news for an already-shaky U.S. dollar. With China’s $1.43 trillion in reserves and a total of more than $7 trillion now in foreign hands — this could very well be the straw that breaks the dollar’s back, unleashing a world-wide torrent of dollar-dumping and a sudden, unprecedented collapse of the greenback.

Nada que não fosse anunciado...! O colapso finaceiro americano

Just yesterday, Cheng Siwei, vice-chairman of China's parliament announced that China will shift the country's reserves out of dollar-denominated investments and into the euro and other strong currencies!

Beijing central banker Xu Jian twisted the knife, saying “The dollar is losing its status as the world currency. The U.S. dollar's global currency status is shaky,” he said, “and the creditworthiness of dollar assets is falling.”

And to make matters worse, Xu predicted the dollar would continue to collapse in 2008 — and that $1,000 gold is now a near certainty!

This is devastating news for an already-shaky U.S. dollar. With China’s $1.43 trillion in reserves and a total of more than $7 trillion now in foreign hands — this could very well be the straw that breaks the dollar’s back, unleashing a world-wide torrent of dollar-dumping and a sudden, unprecedented collapse of the greenback.

Just yesterday, Cheng Siwei, vice-chairman of China's parliament announced that China will shift the country's reserves out of dollar-denominated investments and into the euro and other strong currencies!

Beijing central banker Xu Jian twisted the knife, saying “The dollar is losing its status as the world currency. The U.S. dollar's global currency status is shaky,” he said, “and the creditworthiness of dollar assets is falling.”

And to make matters worse, Xu predicted the dollar would continue to collapse in 2008 — and that $1,000 gold is now a near certainty!

This is devastating news for an already-shaky U.S. dollar. With China’s $1.43 trillion in reserves and a total of more than $7 trillion now in foreign hands — this could very well be the straw that breaks the dollar’s back, unleashing a world-wide torrent of dollar-dumping and a sudden, unprecedented collapse of the greenback.

Sunday, November 4, 2007

ELEMENTS

Here's the 2nd film for my UCLA film class. This one has sound.



http://www.youtube.com/watch?v=g6kiw9GjBWg

Elements (2007, Andrew Blackwood)

Zeca Afonso - Aqui d'El rei!

Agradecendo ao meu amigo Alberto Castro Ferreira
DOS QUE LUTOU PELA DIGNIDADE NA LIBERDADE!
Vejam o Jornal de Parede dele
http://skocky.spaces.live.com/


MÚSICA: ZECA AFONSO .
LETRA: JORGE DE SENA .

«EPÍGRAFE PARA A ARTE DE FURTAR»
"A arte de furtar para proveito de amigos" e´uma velha fórmula de Platão em A República para denunciar a corrupção vigente



"Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei?

Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei?

Sempre há quem roube
Quem eu deseje
E de mim mesmo
Todos me roubam
Quem cantarei?
Quem cantarei?

Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei'

Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei?

Roubam-me a voz
quando me calo
ou o silêncio
mesmo se falo

Aqui d'El Rei!"

Zeca Afonso - Aqui d'El rei!

Agradecendo ao meu amigo Alberto Castro Ferreira
DOS QUE LUTOU PELA DIGNIDADE NA LIBERDADE!
Vejam o Jornal de Parede dele
http://skocky.spaces.live.com/


MÚSICA: ZECA AFONSO .
LETRA: JORGE DE SENA .

«EPÍGRAFE PARA A ARTE DE FURTAR»
"A arte de furtar para proveito de amigos" e´uma velha fórmula de Platão em A República para denunciar a corrupção vigente



"Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei?

Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei?

Sempre há quem roube
Quem eu deseje
E de mim mesmo
Todos me roubam
Quem cantarei?
Quem cantarei?

Roubam-me Deus
Outros o diabo
Quem cantarei'

Roubam-me a Pátria
e a humanidade
outros ma roubam
Quem cantarei?

Roubam-me a voz
quando me calo
ou o silêncio
mesmo se falo

Aqui d'El Rei!"

Saturday, November 3, 2007

The Young Mother

There have been no posts for a long time, but my excuse is I've been taking a filmmaking class!

Here's the evidence, my first film.

It's silent on purpose, and the assignment was to make a film in a single shot without moving the camera. (A crazy fabulous UCLA Extension class.)



http://www.youtube.com/watch?v=VHLfQlqkg0Y

The Young Mother
(2007, Andrew Blackwood)

Cast:
The Girl: Shauni Ray Weatherly
The Boy: Omar Chavez
The Woman: Luz María Utrera
The Man: Paul Damen
The Jogger: Paul Tifford, Jr.

Saturday, October 27, 2007

A diligência de Abílio Magro

“Em um dos meses do ano de 1909, Dezembro se a memória não me falha...” escreve Abílio Magro, o governador civil de Lisboa, João de Azevedo Coutinho, deu- lhe instruções para se deslocar a Espanha a fim de obter por compra ao famigerado António de Albuquerque o autógrafo de um livro com revelações sobre o regicídio, A execução do Rei Carlos. Uma vez que já não era secretário particular do juiz de Instrução, Abílio Magro vai a Granada como agente de confiança. Hospedado no Hotel Victoria, entra em contacto com o “Lêndea” que queria ficar à força na história.
A execução do Rei Carlos é mais um livro de escândalos de Albuquerque, neste caso um diálogo de obscenidades entre ele e um seu amigo regicida fictício, de nome Fabrício de Lemos. Dois terços do livro descrevem a vida voluptuosa do autor com uma escrava sexual Fatimah que trouxera de Marrocos, o outro terço os preparativos do regicídio, numa variante sentimentalona e balofa de A Filosofia na Alcova, do marquês de Sade. A nota introdutória diz o seguinte: «À inolvidável memória dos mártires da mais sublime das causas, a menos compreendida e a mais caluniada. Que Buíça e Costa descansem em paz eterna entre as flores com que mãos piedosas cobriram as suas campas de heróis e sob as bençãos que desde a terra lhes en­viam os seus camaradas oprimidos! Saudade para as suas memórias, perseverança e cora­gem para nós.»
Comprado por 120$00 ao Albuquerque um manuscrito, Magro regressa com uma das fontes primárias sobre a conspiração do regicídio e o Grupo dos 18 nela empenhado. Esse Grupo dos 18 de onde saíram os regicidas era constituído por José Nunes, Vergílio de Sá Alfredo Costa, Manuel Buíça,professor; e Domingos Fernandes Guimarães, caixeiro, Artur dos Santos Silva, operário; Saul Simões Sério, comerciante; Carlos Kopke, bancário; António Rodrigues Pires; Armando Octávio Dias, Roque de Miranda; António José dos Santos; industrial; Francisco Soares; A. Figueiredo Lima; Manuel pereira da Silva e um francês, um italiano e um catalão, como representantes das organizações anarquistas dos respectivas países. Nesta lista, onde a par de nomes comprovados existem outros duvidosos, assinala-se a presença dos estrangeiros em conformidade como as indicações de Magalhães Lima com quem partilhava conhecimentos e segundo Rocha Martins, “o famigerado Francisco Ferrer não foi de todo alheia ao que então se passou em Portugal”.
No regresso, recebido por Azevedo Coutinho no palácio da rua da Rosa, Abílio Magro entrega-lhe o autógrafo de trezentas páginas. O governador civil de Lisboa considerou-o tão importante que o levou, no dia seguinte, a D. Manuel II, então em Vila Viçosa a acompanhar a visita de Afonso XIII de Espanha. D. Manuel estimou devidamente o alto serviço prestado e entendeu dispensar a sua protecção a Magro. Este, sendo candidato a um lugar de escrivão de direito do cível, pedia preferência perante um indivíduo protegido pela “aristocracia feminina” e pelo ministro da justiça João de Alarcão. Todos os sinais são de que o rei se empenhou, como testemunharam o conde de Tarouca e João Azevedo Coutinho. Mas os dias e semanas passaram e o provimento do lugar não chegou. Nem por isso Abílio Magro deixou de continuar a recolher materiais sobre os regicidas.

A diligência de Abílio Magro

“Em um dos meses do ano de 1909, Dezembro se a memória não me falha...” escreve Abílio Magro, o governador civil de Lisboa, João de Azevedo Coutinho, deu- lhe instruções para se deslocar a Espanha a fim de obter por compra ao famigerado António de Albuquerque o autógrafo de um livro com revelações sobre o regicídio, A execução do Rei Carlos. Uma vez que já não era secretário particular do juiz de Instrução, Abílio Magro vai a Granada como agente de confiança. Hospedado no Hotel Victoria, entra em contacto com o “Lêndea” que queria ficar à força na história.
A execução do Rei Carlos é mais um livro de escândalos de Albuquerque, neste caso um diálogo de obscenidades entre ele e um seu amigo regicida fictício, de nome Fabrício de Lemos. Dois terços do livro descrevem a vida voluptuosa do autor com uma escrava sexual Fatimah que trouxera de Marrocos, o outro terço os preparativos do regicídio, numa variante sentimentalona e balofa de A Filosofia na Alcova, do marquês de Sade. A nota introdutória diz o seguinte: «À inolvidável memória dos mártires da mais sublime das causas, a menos compreendida e a mais caluniada. Que Buíça e Costa descansem em paz eterna entre as flores com que mãos piedosas cobriram as suas campas de heróis e sob as bençãos que desde a terra lhes en­viam os seus camaradas oprimidos! Saudade para as suas memórias, perseverança e cora­gem para nós.»
Comprado por 120$00 ao Albuquerque um manuscrito, Magro regressa com uma das fontes primárias sobre a conspiração do regicídio e o Grupo dos 18 nela empenhado. Esse Grupo dos 18 de onde saíram os regicidas era constituído por José Nunes, Vergílio de Sá Alfredo Costa, Manuel Buíça,professor; e Domingos Fernandes Guimarães, caixeiro, Artur dos Santos Silva, operário; Saul Simões Sério, comerciante; Carlos Kopke, bancário; António Rodrigues Pires; Armando Octávio Dias, Roque de Miranda; António José dos Santos; industrial; Francisco Soares; A. Figueiredo Lima; Manuel pereira da Silva e um francês, um italiano e um catalão, como representantes das organizações anarquistas dos respectivas países. Nesta lista, onde a par de nomes comprovados existem outros duvidosos, assinala-se a presença dos estrangeiros em conformidade como as indicações de Magalhães Lima com quem partilhava conhecimentos e segundo Rocha Martins, “o famigerado Francisco Ferrer não foi de todo alheia ao que então se passou em Portugal”.
No regresso, recebido por Azevedo Coutinho no palácio da rua da Rosa, Abílio Magro entrega-lhe o autógrafo de trezentas páginas. O governador civil de Lisboa considerou-o tão importante que o levou, no dia seguinte, a D. Manuel II, então em Vila Viçosa a acompanhar a visita de Afonso XIII de Espanha. D. Manuel estimou devidamente o alto serviço prestado e entendeu dispensar a sua protecção a Magro. Este, sendo candidato a um lugar de escrivão de direito do cível, pedia preferência perante um indivíduo protegido pela “aristocracia feminina” e pelo ministro da justiça João de Alarcão. Todos os sinais são de que o rei se empenhou, como testemunharam o conde de Tarouca e João Azevedo Coutinho. Mas os dias e semanas passaram e o provimento do lugar não chegou. Nem por isso Abílio Magro deixou de continuar a recolher materiais sobre os regicidas.

Friday, October 19, 2007

POR PORTUGAL



O PNR promove um passeio pela liberdade de Vasco Leitão e outros Nacionalistas, vitimas das perseguições, por delito de opinião, por parte deste sistema.
Esta marcha silenciosa, terá lugar no próximo sábado, dia 20 de Outubro, com concentração no Saldanha às 14.30 e fim no Marquês de Pombal, às 16.00 com o Hino Nacional.
Pelos Nacionalistas, por Portugal, não falte!

Sunday, October 14, 2007

Esta gente cujo rosto, POEMA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER

Esta gente cujo rosto
ás vezes luminoso
E outras vezes tosco

Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis

Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre

Pois gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome

E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada

Meu canto se renova

E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
De um tempo justo

Do livro GEOGRAFIA, 1967

( AGRADEÇO O ENVIO à FERNANDA leITÃO)

Esta gente cujo rosto, POEMA DE SOPHIA DE MELLO BREYNER

Esta gente cujo rosto
ás vezes luminoso
E outras vezes tosco

Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis

Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre

Pois gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome

E em frente desta gente
Ignorada e pisada
Como a pedra do chão
E mais do que a pedra
Humilhada e calcada

Meu canto se renova

E recomeço a busca
De um país liberto
De uma vida limpa
De um tempo justo

Do livro GEOGRAFIA, 1967

( AGRADEÇO O ENVIO à FERNANDA leITÃO)

Monday, October 8, 2007

(Re)leituras- I, por André Bandeira

Reler a Tese de Doutoramento do Padre. Isidro Alves, "Il Cristiano in Cristo - la presenza del cristiano davanti a Dio in S.Paolo". De 1980, já lá vai tanto tempo...
Lembro-me de ir, por recomendação de alguém, ver o Padre Isidro na Universidade Católica. Eu tinha uma Tese de Mestrado sobre S. Paulo, em que defendia basicamente que as "autoridades" da Epístolas aos Romanos, 13, 1-7, eram um "demónio" ( o que era parte da verdade) e com essa natureza deviam ser entendidas. Eu recusara a orientação, numa Faculdade de Direito sardonicamente positivista, o Padre Isidro era um especialista em S. Paulo e eu ia bem recomendado. Quando cheguei, sentei-me. Três ou quatro esperavam por ser recebidos. Quando o vi chegar ( nunca o tinha visto) dei com um homem ainda jovem, carregado de dossiers, com um ar extenuado. Disse para mim próprio: "Quem sou eu para estar a incomodar este homem, carregado de trabalho, com a minha tesezinha?!". Quando a secretária chamou por mim, certamente que ninguém respondeu.

Mas reler a tese do Padre Isidro faz bem, nestes tempos em que todos se reclamam
proprietários de Deus. Nós não temos Deus, antes, por Cristo, estamos perante ele. Perante Ele, como um tribunal, perante ele como um vítima perfeita para ser sacrificada. E a luta constante na nossa vida para sermos essa vítima perfeita, sem mancha, quando vier o sacrifício da Morte que não marca hora mas nunca falha, é o modo de nos mantermos sempre presentes. S. Paulo sabia isso, sabia o que era ser presente ao julgamento, terreno e divino. Talvez fosse demasiado entusiasta por acreditar que Cristo era o Messias, tão certo como quem conhece os rituais judaicos, a filosofia popular helénica, as seitas gnósticas e os mistérios romanos, para não falar dos Diógenes incorruptíveis do Areópago. Talvez, Saulo, o perseguidor, continuasse a correr, depois de ter caído em Damasco, com o mesmo ardor, desta vez sem armas. Estar presente. Apesar de S. Paulo ser aquele judeu pequenino e careca, gesticulante como um mediterrânico, falando um mistura de latim, grego e hebreu e com ataques epilépticos, em que o misterioso gnosticismo era anti-gnóstico, em que a crença no Messias vinha de fora, da poeira de Damasco e que achava bem todas as deduções místicas do seu tempo mas que nem todas lhe convinham. O judeu que nunca teve um sistema nem se ufanou de o não ter, com tiradas como as de Diógenes a Alexandre, mas que sempre correu para estar presente, tendo tido a sorte de ser talvez amado por uma mulher, enquanto cosia tendas para sobreviver e ela, administradora de uma casa de tecidos, o olhava com curiosidade. Teria o fariseu Saulo arranjado apenas uma nova fileira publicitária? A diferença entre "ter Deus" e estar presente é que, como Sto. Agostinho depois exprimiu, só fica o Presente, sem Passado nem Futuro, só o diálogo cara-a-cara em que talvez o gesto de abertura, como quem pede para falar, seja o da oração. No fim de contas, descobri afinal outro sentido para "autoridade" que o Padre Isidro bem sabia: falar com sinceridade porque "coração", para os gregos das praças e do Mar, era o Homem todo e integral. Desculpe, Padre Isidro não estar quando me chamaram, foi essa a minha forma de "falar" com coração...ao modo de Marcel Marceau.

(Re)leituras- I, por André Bandeira

Reler a Tese de Doutoramento do Padre. Isidro Alves, "Il Cristiano in Cristo - la presenza del cristiano davanti a Dio in S.Paolo". De 1980, já lá vai tanto tempo...
Lembro-me de ir, por recomendação de alguém, ver o Padre Isidro na Universidade Católica. Eu tinha uma Tese de Mestrado sobre S. Paulo, em que defendia basicamente que as "autoridades" da Epístolas aos Romanos, 13, 1-7, eram um "demónio" ( o que era parte da verdade) e com essa natureza deviam ser entendidas. Eu recusara a orientação, numa Faculdade de Direito sardonicamente positivista, o Padre Isidro era um especialista em S. Paulo e eu ia bem recomendado. Quando cheguei, sentei-me. Três ou quatro esperavam por ser recebidos. Quando o vi chegar ( nunca o tinha visto) dei com um homem ainda jovem, carregado de dossiers, com um ar extenuado. Disse para mim próprio: "Quem sou eu para estar a incomodar este homem, carregado de trabalho, com a minha tesezinha?!". Quando a secretária chamou por mim, certamente que ninguém respondeu.

Mas reler a tese do Padre Isidro faz bem, nestes tempos em que todos se reclamam
proprietários de Deus. Nós não temos Deus, antes, por Cristo, estamos perante ele. Perante Ele, como um tribunal, perante ele como um vítima perfeita para ser sacrificada. E a luta constante na nossa vida para sermos essa vítima perfeita, sem mancha, quando vier o sacrifício da Morte que não marca hora mas nunca falha, é o modo de nos mantermos sempre presentes. S. Paulo sabia isso, sabia o que era ser presente ao julgamento, terreno e divino. Talvez fosse demasiado entusiasta por acreditar que Cristo era o Messias, tão certo como quem conhece os rituais judaicos, a filosofia popular helénica, as seitas gnósticas e os mistérios romanos, para não falar dos Diógenes incorruptíveis do Areópago. Talvez, Saulo, o perseguidor, continuasse a correr, depois de ter caído em Damasco, com o mesmo ardor, desta vez sem armas. Estar presente. Apesar de S. Paulo ser aquele judeu pequenino e careca, gesticulante como um mediterrânico, falando um mistura de latim, grego e hebreu e com ataques epilépticos, em que o misterioso gnosticismo era anti-gnóstico, em que a crença no Messias vinha de fora, da poeira de Damasco e que achava bem todas as deduções místicas do seu tempo mas que nem todas lhe convinham. O judeu que nunca teve um sistema nem se ufanou de o não ter, com tiradas como as de Diógenes a Alexandre, mas que sempre correu para estar presente, tendo tido a sorte de ser talvez amado por uma mulher, enquanto cosia tendas para sobreviver e ela, administradora de uma casa de tecidos, o olhava com curiosidade. Teria o fariseu Saulo arranjado apenas uma nova fileira publicitária? A diferença entre "ter Deus" e estar presente é que, como Sto. Agostinho depois exprimiu, só fica o Presente, sem Passado nem Futuro, só o diálogo cara-a-cara em que talvez o gesto de abertura, como quem pede para falar, seja o da oração. No fim de contas, descobri afinal outro sentido para "autoridade" que o Padre Isidro bem sabia: falar com sinceridade porque "coração", para os gregos das praças e do Mar, era o Homem todo e integral. Desculpe, Padre Isidro não estar quando me chamaram, foi essa a minha forma de "falar" com coração...ao modo de Marcel Marceau.

Cristãos-Novos visitam Judeus-Velhos



Quando cemitérios portugueses são vandalizados não se passa nada.

Quando um cemitério judeu (discriminação?) é invadido por dois idiotas, sem cabelo, que aí resolvem satisfazer as suas necessidades fisiológicas é o fim do mundo...
Curiosamente, as "provas" do crime estavam tapadas com panos brancos. Seria para esconder os danos avaliados em milhares de euros?

Alberto Costa, sabiamente, lembrou que: "actos como este são um ultraje aos que acreditam e aos que não acreditam".

Sendo assim, não é preciso dizer mais nada.

*Só hoje?

Sunday, October 7, 2007

A "ameaça"





A carta:

Camaradas e amigos,

Começamos a travar mais uma batalha nesta guerra contra o sistema democrático opressor, a partir das 00.01h de sábado (15 de Setembro), passámos a ter em Portugal presos políticos que já o eram desde 18 de Abri, mas com a agravante de estarem em situação de prisão ilegal.

Todos vós puderam assistir pelos meios de comunicação social à libertação na sexta-feira, dia 14 de Setembro, de assassinos, violadores e pedófilos, porque a lei teria de ser aplicada até às 23.59h desse mesmo dia 14h, eu, ao contrário desses criminosos fiquei nas masmorras de uma nova inquisição cujo rosto é a procuradora do Ministério Público, da 11ª Secção a Drª. Cândida Vilar.

Os nacionalistas jamais se deverão esquecer deste nome, pois esta senhora foi a responsável, e não a PJ (apesar de tudo), pela maior perseguição política dos últimos 30 anos.

O inspector Paulo Vaz da DCCB-PJ disse-me na presença do Pedro Nogueira e Jóse Amorim que a Drª do M.P. lhe tinha dito que "... o Mário tem que pagar por tudo o que o meu pai passou aquando do Estado Novo...". Isto é grotesco, e justifica assim o ódio primário, patológico e irracional da mesma. A procuradora rege-se pelo desprezo pela vida, dignidade e liberdade da pessoa humana desde que esta tenha orgulho patriótico. Espero que os meus filhos não queiram um dia também vingar-se por toda a perseguição que o seu pai e mãe foram vítimas durante a "democracia".

Este tipo de comentários da Drª.Cândida Vilar juntamente com a resposta que me deu pessoalmente e na presença do mesmo inspector e da sua escrivã no DIAP também são bem esclarecedoras das suas intenções, quando lhe pergunto qual o motivo de tudo isto, a mesma responde "Mário, tinhamos que fazer qualquer coisa, o vosso movimento estava imparável.", incrível.

Fiquei muito feliz quando hoje os guardas prisionais me disseram que todas as ruas paralelas e perpendiculares do estabelecimento prisional tinham cartazes a dizer "Mário Machado, Liberdade". Sei também que um grupo de nacionalistas vai lançar o projecto "Outdoor2", nos mesmos moldes do anterior mas o assunto é a "Liberdade de expressão" e "Liberdade para presos políticos". Agradeço desde já a todos pelo esforço continuo e solidariedade, e anseio pela sua realização.

Além do crime de "discriminação racial" que me pede prisão de 1 a 8 anos, estou a ser acusado de mais 14 ou 15 crimes sendo que não participei em nenhum deles, inclusive o M.P.di-lo claramente, mas segundo a Procuradora da Inquisição, como sou o líder do movimento, todos os crimes praticados por um nacionalista, mesmo que eu não o conheça, tenho que ser responsabilizado. - Incrivél não é?

Mais ardilosamente o M.P. refere que os Hammerskins lucram com o negócio do narcotráfico porque segundo a procuradora, 1 indivíduo com ligações à HSN teria sido apanhado na posse de droga. Cabe-me esclarecer que, ninguém, nenhum nacionalista dos 36 acusados, está acusado do crime de tráfico de estupefacientes, ora como é óbvio se essa ligação existisse, o que custava além das barbaridades de que estamos acusados, de nos indiciarem também por tráfico?

Não tenham os nacionalistas quaisquer dúvidas que jamais o movimento recebeu 1 tostão vindo dessas actividades que todos condenamos, tal já não pode ser textativamente afirmado por outros partidos políticos. Seguindo o raciocínio político do M.P., o Partido Socialista (PS) também receberia dinheiro da droga, porque no carro do presidente na altura em funções o Jorge Sampaio a P.J. encontrou 8 kilos de cocaína e deteve o seu condutor e segurança. Nunca vimos na comunicação social ou no inquérito do M.P. que a droga era para o PS porque como é óbvio uma acção isolada de um indivíduo, não implica necessariamente outros.

Continuando esse raciocínio, poderiamos dizer que no PS abundam pedófilos que faziam da Casa Pia o seu retiro, só porque um deputado do partido já foi indiciado pelo mesmo crime. E posso também dar o exemplo do filho da Leonor Beleza, membro da JSD apanhado com 30 kilos de haxixe e etc etc

Tudo isto faz parte da camapanha de demonização que está em marcha e como prova o facto do M.P. mandar isso para o ar, mas não acusa ninguém - uma vergonha.

Ainda sobre o crime de discriminação racial, é curioso quando ele nos é imputado e dos 12 membros da Hammerskin nenhum é acusado de agredir qualquer negro, amarelo, ou azul às bolinhas, e pelo contrário, Portugal prepara-se para receber "oficialmente" Robert Mugabe o africano que foi o responsável por mais de dezenas de milhares de crimes de ???????? e discriminação racial contra brancos, que resultaram na expulsão de terras, violações e homicídios em série, com isto o governo português demonstra a sua verdadeira face, persegue os brancos no seu próprio território e não tem coragem diplomática para não permitir a entrada do maior Racista do século XXI.

Mais uma prova de que isto se trata essencialmente de um processo politico, é o facto de nos terem apreendido centenas de livros, milhares de autocolantes, t-shirts e cd's de música. A nossa constituição defende a liberdade de expressão, que nenhum indivíduo pode ver esse mesmo direito ameaçado, assim como o direito de acesso à livre informação, por isso estas apreensões são ilegais.

O processo começa também em Junho de 2004 com uma busca ilegal, pelas 00.30h onde 27 nacionalistas são identificados, fazendo jurisprudência com outros casos onde pelo mesmo motivo foram libertados por exemplo 34 indivíduos conectados com o narcotráfico. Porque segundo diz a lei quando existe um procedimento ilegal todo o processo cai.

Nessa busca domiciliária apreenderam-se novamente livros, cd's e autocolantes, a lei diz claramente que a busca só poderia ser efectuada entre as 7h e as 21h... Será que a lei a nós não se aplica?

"As ideias são como os tratados: pouco vale firmá-las com a nossa tinta quando não somos capazes de confirmá-los com uma gota do nosso sangue"
Ramalho Ortigão

A frase acima reproduzida nunca fez tanto sentido como agora, apesar de desejar o meu retorno à minha família e evitar viver nesta continua guerra diária, eu estou a dar o meu sangue, espero que todos vós possam fazer o mesmo.

Termino também com um agradecimento a um Inimigo Político, o Dr. Pacheco Pereira por ser um democrata convicto e que discordando dos nossos ideais, nunca ter tido medo de condenar as perseguições de que os nacionalistas ou outros são vítimas. E deixo-vos um comunicado da Amnistia Internacional "... A internet tornou-se numa nova fronteira na luta contra a liberdade de pensamento, com os activistas a serem presos e as empresas a pactuarem com os governos para restringir o acesso à informação livre."

A minha honra chama-se Fidelidade!!!

Mário Rui Valente Machado

Preso Político

Saturday, October 6, 2007

Crónica de Espanha






Las primeras páginas dos periódicos vienen estos días plagadas de fotografías con carteles del Rey ardiendo. Son grupos de 30, puede que 40, pongamos que 100 revoltosos, generalmente radicales y antisistema, que parecen decididos a seguir con las hogueras, conscientes del privilegio que supone saber que nunca tan pocos tuvieron en jaque a tantos. A conduta de 45 personas volver del revés la vida de 45 millones? Tan radical y deslumbrante anomalía explica a las claras que ese no es el problema, sino apenas una anécdota, la excusa que evidencia un mal mucho más profundo, de más calado, cual es la crisis del Sistema, o si se quiera de la Monarquía restaurada en 1975 que pactó el otorgamiento de la Constitución de 1978.
El pacto en torno a la Corona entre la derecha, el partido socialista y los nacionalismos catalán y vasco que alumbró esa Constitución ha quedado muy en entredicho, si no roto, a cuenta de la aprobación del nuevo Estatuto de Cataluña –en contra del partido que representa grosso modo al 40% del electorado-, y por el reciente envite lanzado por Ibarretxe anunciando la celebración de un referéndum, decisión que el español menos avisado ha entendido en su exacta dimensión: como un paso más hacia la independencia del País Vasco, un viaje que tiene su estación término a la vista, pues los plazos se han acortado de forma vertiginosa en esta Legislatura por culpa de un presidente del Gobierno que alegremente decidió hace 4 años colocarse al frente del batallón de derribos del Sistema.



Si la Constitución del 78 pretendía transmitir la idea de que la Corona, a pesar de su arcaísmo, tenía el valor instrumental de garantizar la unidad de la nación española y ésta amenaza quiebra, es evidente que corre el riesgo de perder su primera y quizá única razón de ser para millones de españoles. La Monarquía está, pues, en crisis, porque lo anormal sería que con el Régimen salido de la Transición en plena convulsión, la guinda que corona la tarta constitucional permaneciera al margen en una especie de idílico nirvana. Este es el problema de fondo que la quema de retratos del Monarca y de banderas españolas está poniendo en evidencia.
El problema se agrava porque la Corona se halla indefensa para enfrentar esta deriva e intentar al menos un cambio de rumbo con argumentos de prestigio. Monarquía inerme, que ahora paga los excesos, fundamentalmente dinerarios, cometidos durante años por el titular de la institución. Un Rey sin auctoritas, virtud que en este caso nada tiene que ver con el aura casi sagrada que Hannah Arendt otorgaba el término, sino con el pedestre refrán que aconseja al hombre público predicar con el ejemplo. “En esta legislatura al menos en un par de ocasiones se le ha pedido que dijera algo, que saliera a la palestra para emitir opinión”, aseguraba en privado este mismo mes un destacado líder del PP, “y la respuesta, alarmada, fue siempre la misma: ¡No puedo, no puedo hablar, me tienen maniatado!”.


Excesos más o menos veniales
Amordazado por Zapatero, como amordazado estuvo por Aznar. Porque es imposible esconder bajo la alfombra el resultado de más de 30 años de excesos. Su implicación, más o menos venial, en operaciones económicas sigue siendo una constante, caso de la toma de Endesa por parte de Enel o del establecimiento de una fábrica de celulosa en Uruguay por parte de ENCE, compañía de la que es importante accionista su íntimo amigo Alberto Alcocer. Las embestidas mediáticas que asolan la imagen de la familia real británica apenas rozan la figura de Isabel II, cuya fortuna es conocida desde sus orígenes. Nada se sabe de la del Rey Juan Carlos, salvo lo que dicen las revistas extranjeras dedicadas a este tipo de rankings. La Monarquía británica paga impuestos, cosa que no hace la española. Hay, pues, un déficit democrático evidente en el funcionamiento de la institución y en los comportamiento de la persona que ocupa el vértice de nuestro sistema constitucional.
A ese déficit democrático se ha unido un clamoroso déficit de gestión de la imagen del Monarca por parte de La Zarzuela o, si quieren, de la Casa del Rey. A su manera, Sabino Fernández Campo intentó realizar esa gestión, y con notable éxito, que incluía una discreta vigilancia sobre el entorno –les amitiés dangereuses- y los comportamientos del titular de la Corona. Nada se ha hecho desde su salida de palacio. Las jefaturas de Fernando Almansa y de su sucesor, Alberto Aza, han resultado dos completos desastres, como corresponde a dos pesos ligeros. Sólo así se entiende un dislate como el cometido en Oviedo por el Monarca, ensalzando lui-même el papel estelar de la Institución en estos años. Si nadie me defiende, me defenderé yo mismo. De modo que el Rey parece haber vivido estos últimos años en un plácido sueño hedonista, del que ha sido despertado con estrépito de cristales rotos por los revoltosos que queman su retrato en la plaza de la Armería.
Del tabú a la indiferencia
El cuestionamiento de la Monarquía por parte de una minoría despide, y esto es quizá lo más desasosegante de la situación, un halo de intranquilidad y miedo colectivo que actúa como reflejo condicionado de una sociedad que continúa atenazada por el miedo a manifestarse con libertad sobre determinadas cuestiones, ergo de una democracia que 32 años después de la muerte de Franco sigue sin alcanzar su madurez. Hablar y criticar al Rey sigue siendo un tema tabú. Sobre un famoso locutor de radio que ha osado hablar de “abdicación” han caído estos días todas las plagas de Egipto. Sólo cabe el halago cortesano, materia en la que son expertos algunos los profesionales de la lisonja en busca de marquesados.
Por duro que resulte admitirlo, la realidad es que la Monarquía se asienta hoy en España sobre la legitimidad de la indiferencia, de modo que la Institución se mantendrá en pie mientras la gente del común siga viviendo de espaldas al problema. ¿Significa la quema de fotos que esa indiferencia empieza a dar paso a un movimiento de más calado? Al fin y al cabo, las Monarquías suelen caer por la fuerza de los movimientos populares en la calle. Ni un sólo dato, sin embargo, permite afirmar ahora que algo de eso esté ocurriendo en España. Fundamentalmente porque esa indiferencia se asienta firmemente sobre el miedo a lo desconocido, y sobre la percepción general de que, con el problema territorial abierto en canal por culpa de los nacionalismos, abrir ahora el melón monárquico sería lo más parecido a un suicidio colectivo, una irresponsabilidad que pondría en riesgo la paz y prosperidad de los españoles.
Pero este sentimiento no debería ser disculpa capaz de evitar la obligación que tiene nuestra clase política de poner, cuanto antes mejor, manos a la obra para, dentro de la normalidad, abordar un nuevo proceso constituyente capaz de repensar España. Los españoles necesitamos ir al psicólogo 32 años después del fin de la dictadura. Abordar una reforma constitucional capaz de cerrar de una vez el Capítulo VIII (“De la Organización Territorial del Estado”). No es posible que un partido con 36.000 afiliados (PNV) pueda mediatizar al vida política de 45 millones. Y devolver a ese Estado determinadas competencias –esenciales para garantizar la solidaridad entre españoles- que nunca debió perder. Repensar, incluso, el papel institucional de la Monarquía (¿debe seguir siendo el Rey el jefe supremo del Ejército?). Y tantas cosas más. Ninguna reforma de este calado será posible sin un gran pacto entre los dos grandes partidos nacionales. La situación exige inteligencia, no vísceras, y desde luego esos “hombres dotados de talento” a cuya ausencia atribuía el citado Ortega y Gasset la “desventura de España”.
 
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